By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 Noticias – Imagem: Roberto Stuckert Filho
A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (20), em Ipojuca (PE), que o autor do boato de que o programa Bolsa Família iria acabar é "desumano" e "criminoso".
Informações sobre o fim do pagamento do benefício geraram tumulto no final de semana em estados do Nordeste, como Alagoas, Paraíba, Ceará e Maranhão. Nesses locais, beneficiários correram às lotéricas após o boato de que o recebimento de valores do programa só seria feito até este sábado.
"É algo absurdamente desumano o autor desse boato. Por isso, além de desumano, ele é criminoso. Por isso, nós colocamos a Polícia Federal para descobrir a origem de um boato que tinha por objetivo levar a intranquilidade aos milhões de brasileiros que nos últimos dez anos estão saindo da pobreza extrema", afirmou Dilma em discurso na cerimônia que marcou a viagem inaugural do petroleiro Zumbi dos Palmares, em Ipojuca.
Espalhou-se um boato falso, negativo, esse boato que leva intranquilidade às famílias mais pobres", reclamou a presidente.
Antes, pelo Twitter, a ministra da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário, havia afirmado que o boato "deve ser da central de notícias da oposição”. O líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), pediu explicações à ministra sobre a frase.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou à Polícia Federal a investigação da origem do boato.
No discurso, a presidente disse que não abre mão de compromissos com o Bolsa Família e com a construção nacional de navios.
"O compromisso do meu governo com o Bolsa Família é forte profundo e definitivo. Nós não abriremos mão do Bolsa Familia, assim como não abriremos mão do nosso compromisso com o conteúdo nacional para a indústria naval", declarou.
Segundo Dilma, o dinheiro do Bolsa Família é "sagrado". "Enquanto for necessário e tiver algum brasileiro vivendo abaixo da linha da pobreza, iremos buscar esse brasileiro e garantir a ele esse direito de cidadania que é viver com o mínimo de dignidade em nosso país", afirmou.
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