By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RPC TV – Imagem: Eliana da Silva
A mãe de um aluno do oitavo ano de uma escola estadual de Matelândia, no oeste do Paraná, agrediu uma das professoras do filho, segundo a Polícia Civil. O motivo foi a advertência por indisciplina dada ao adolescente. O caso foi registrado em boletim de ocorrência. Alunos e professores ficaram indignados com a agressão na escola e organizaram um protesto na quarta-feira (22) pedindo “respeito pela educação”.
De acordo com outra professora que presenciou as agressões, a confusão começou na terça-feira (21) pela manhã, quando o estudante, de 15 anos, chegou atrasado e exigiu que a professora de Português registrasse a presença dele na lista de chamada, mas ela se recusou. “Foi quando ele começou a ofendê-la. Ela chegou a levantar a mão, como se fosse agredi-lo, mas desistiu”, contou Eliana da Silva. A professora agredida não quis falar sobre o caso. Ela está abalada e ainda não retomou as aulas.
O aluno foi levado à direção do colégio, suspenso e dispensado. “Quando ele chegou e me contou o que aconteceu, que a professora deu um tapa na cara dele e ele teve que voltar para casa sozinho, mesmo tendo pedido que eu fosse avisada e chamada, fiquei irritada”, comentou Daniela Oliveira, a mãe do adolescente. Ao ser informada pelo filho sobre o que houve, ela foi à escola, invadiu a sala dos professores e começou a agredir a professora do filho.
Posso até ter me excedido e me arrependo de ter chegado a esse ponto e pelo que está acontecendo. Por aí eu sou a mãe que agrediu a professora do filho sem razão, mas não é isso. Não é certo ela [a professora] ter batido na cara do meu filho”, disse Daniela. “Eu fiquei revoltada porque ele falou que pediu para eu estar no colégio. Deveriam ter ligado para mim”, completou.
A direção do colégio afirmou que tem autonomia para dispensar os alunos e que como o estudante tem 15 anos, não haveria problema de ele ir sozinho para casa.
Apesar de o estudante afirmar que foi agredido pela professora, os colegas de sala de aula garantem que não houve a agressão e registraram o que testemunharam em uma ata. O caso deixou os alunos preocupados e na quarta-feira (22) se mobilizaram e fizeram um protesto em frente à escola com cartazes pedindo respeito com os professores. “Nós estamos na escola para ensinar e formar cidadãos, não para sermos agredidos”, apontou a professora Fernanda Colleoni.
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