By: INTERVALO DA
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A ineficiência e a demora da Justiça são as principais causas da
impunidade em nosso país, segundo muitos brasileiros. Um caso claro de
como são resolvidos os processos no Brasil pode ser verificado nesta
semana na cidade de Pinhão, na região de Guarapuava. O prefeito José
Vitorino Prestes, teve os direitos políticos cassados pelo Supremo
Tribunal Federal (STF). No entanto, esse fato passou despercebido, pois a demora com que o
processo foi conduzido, já que o mesmo foi encaminhado pelo Ministério
Público em 1999 e a lentidão da justiça para se manifestar, fez com que a
sentença de prisão por dois anos cabível e solicitada ao réu pelo
Promotor de Justiça prescrevesse. Vale destacar que Prestes
estava recorrendo de duas condenações por uso indevido do dinheiro
público. O Recurso Extraordinário com Agravo n.º 643.672, solicitado
pelo prefeito foi negado pelo relatório do ministro Gilmar Mendes do
STF. O processo se refere ao período que Prestes assumiu interinamente o
cargo de prefeito em 1994. Na época o réu era vice-prefeito na gestão
de Antenor Hemmig. Na ação ele foi condenado a dois anos de prisão e a perda do cargo. Dessa
forma, a justiça entendeu que ainda é possível aplicar a perda da
função pública do atual prefeito de Pinhão. Sendo assim, ele terá que
deixar a prefeitura num prazo máximo de 48 horas após ser notificado. Em
seguida a Câmara de Vereadores dará posse ao vice Paulo Cezar Basílio. Os
trâmites legais indicam isso, porém o documento comunicando o
afastamento de Prestes não tem um prazo legal que determine o seu envio à
comarca, portanto, fica nas mãos da burocracia e trâmites da justiça se
o atual prefeito cumprirá ou não seu mandado na integridade apesar de
condenado pela justiça por desvio de verbas.
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