By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: UOL – Imagem: Divulgação
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A polêmica envolvendo a nomeação de Ilona Szabó para o conselho começou no dia 27, quando a indicação dela para integrar o conselho foi publicada no DOU (Diário Oficial da União). Ilona, que é articulista do jornal Folha de S. Paulo, é conhecida por defender posições contrárias a algumas das bandeiras do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) como a flexibilização da posse de armas.
Depois que seu nome foi confirmado como integrante do conselho, uma enorme mobilização conduzida por pessoas contrárias à sua indicação ganhou as redes sociais. Até uma hashtag (#IlonaNao) foi criada para criticar a participação da especialista no conselho.
Um dia depois, o Ministério da Justiça e Segurança Pública publicou uma nota assinada por Moro na qual ele comunicava a revogação da indicação de Ilona ao conselho e admitia que a razão para que ele tenha tomado essa medida foi a "repercussão negativa em alguns segmentos".
A decisão de Moro foi criticada por especialistas na defesa dos direitos humanos.
Para Mourão, o recuo de Moro não representa, necessariamente, um enfraquecimento do ministro. "A política é isso aí. Você não consegue impor, senão vira ditadura", afirmou.
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O vice-presidente disse ainda que os filhos do presidente não tiveram influência na decisão de Moro.
"Mas não foi (influência dos filhos). Ali, para mim, a minha visão é de que houve ataque de ambos os lados. Da ala mais radical dos apoiadores do presidente e houve ataque da ala mais radical que apoia as visões que a Ilona tem, que também dizia 'você não tem que estar junto aí, você não tem que estar com esse pessoal", afirmou o vice-presidente.
Na semana passada, em meio à mobilização contra a indicação de Ilona para o CNPCP, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), usou as redes sociais para criticar a especialista."Meu ponto de vista é como essa Ilona Szabó aceita fazer parte do governo Bolsonaro. É muita cara de pau junto com uma vontade louca de sabotar, só pode", postou o senador.
Em nota, Ilona Szabó lamentou a decisão tomada por Moro. "Lamento não poder assumir o mandato devido à ação extremada de grupos minoritários. O país precisa superar a intolerância para atingir nossos objetivos comuns na construção de um país mais justo e seguro", disse a especialista em nota à imprensa.
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