sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Noivo manda matar os padrinhos durante a própria festa de casamento



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: R7 Imagem: R7

No último domingo (31), o Domingo Espetacular desvendou detalhes de uma história que chocou a cidade de Campina Grande (PB): o noivo que mandou matar os padrinhos durante a cerimônia de celebração do próprio casamento.
Era 29 de março de 2014, quando durante o casamento de Neusivan e Fabiana, os padrinhos e empresários Washington e Lúcia foram assassinados na porta do evento.
No momento em que os tiros foram disparados contra o casal, Neusivan fazia sua declaração de amor para a noiva na frente de mais de 250 convidados e ninguém percebeu a cena criminosa que ocorria do lado de fora.
A principal testemunha do caso é um vigilante que mora na rua e viu tudo. Por causa da aproximação levou um tiro no peito, que por pouco não perfurou o coração.
— Ia perdendo a vida por problemas dos outros!
O caso começou a intrigar a polícia assim que foi encontrada uma arma no carro de Washington e diversas evidências foram aparecendo.
— Quando realizamos a perícia no veículo da vítima, localizamos uma arma de fogo. Mas o que estava acontecendo na vida daquele casal para que eles tivessem uma arma?
A investigação descobriu que um mês antes da morte, Washington quase foi vítima de um ataque quando voltava de uma viagem feita justamente ao lado de Neusivan. Quando ele desembarcou de um carro, na rua de sua casa, homens tentaram abordá-lo, mas ele logo percebeu a ação dos criminosos e correu para dentro. A partir daí, Washington passou a andar armado
No processo do caso há o registro de três ligações entre Neucivan e Franciclécio, momentos antes do atentado. Franciclécio é um agiota que também foi padrinho de casamento e estava presente na noite do crime.
Meses antes do dia 29 de março de 2014, Franciclécio havia vendido um carro a Washington, mas a quantia combinada não foi paga pelo empresário.
Além da dívida com Franciclécio, Washington e Lúcia estavam aplicando um golpe em Neusivan que era sócio do casal na administração de uma faculdade.
De acordo com as investigações, Neusivan encontrou um caderno que mostrava uma espécie de caixa dois nas contas da faculdade. 
— Ele pegou uma planilha em cima da mesa e viu que ela era diversa à apresentada a ele. O Washington teve que fazer uma outra planilha, outros casos, pra pagar um dinheiro a mais a Neusivan.
No contrato, a empresa era dividida em três partes iguais. Mas, uma das cláusulas aumentou a suspeita sobre Neusivan pois dizia que a sociedade não acabaria mesmo com a morte de um dos sócios.
A delegada conta que com a morte do casal, Neusivan montaria uma sociedade com Franciclécio.
A investigadora também estranhou a postura de Neusivan na noite do crime. Na época, ele comentou a morte dos sócios culpando a violência urbana.
— Ele tinha acabado de jantar e conversou comigo tranquilamente. Muito sereno. Não parecia que tinha sido morta uma pessoa do lado de fora do seu casamento!
Ele, inclusive, escreveu em uma rede social que o casal era muito especial, Washington e Lúcia eram verdadeiros irmãos.
Mas nos dias seguintes à morte, as filhas contam que Neusivan só falava sobre o contrato. Elas afirmam que já desconfiavam.
— A todo instante eu tinha certeza que tinha sido ele!
Tamires, que é filha do primeiro casamento de Washington, também desconfiava de Neusivan. A suspeita surgiu já no primeiro ataque.   
— Conversando com o meu pai, eu citei o nome de várias pessoas. Quando citei o nome de Neusivan, ele ficou em silêncio.
Jéssica lamenta.
— Ela só foi porque ela era a madrinha de casamento. Ela não queria ir!
No primeiro ataque, que deu errado, a polícia concluiu que foi Franciclécio quem contratou um pistoleiro chamado Aleff. Mas, como a tentativa não deu certo, ele foi atrás de outro atirador.
O comerciante Gilmar Barrreto, de 25 anos, foi o escolhido para intermediar essa relação e indicar um pistoleiro. No entanto, ele nega participação participação no crime.
O homem contratado foi Samuel, chamado de Samuca.
— Foi um tiro na mulher e dois no cara.
Samuel e Gilmar estavam dentro de um carro, na noite do crime, em uma rua localizada a 100 metros do local do casamento.
Eles esperavam o momento certo para agir, enquanto Franciclécio, de dentro da festa, avisava todos os passos do casal.
A esposa de Gilmar também estaria no carro, mas responde em liberdade.
No próximo dia 18 de agosto, Samuca, Gilmar e Franciclécio irão a júri popular.
A esposa Fabiana ainda está muito abalada com tudo o que aconteceu e diz que se sente usada.
Agora, ela aguarda uma resposta da Justiça!

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