By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: EXTRA – Imagem: Divulgação
O eletricista Bruno Duarte, de 35 anos, tinha acabado de voltar da baixa
de seu contrato na empresa onde trabalhava quando avistou, no sinal, um
malabarista chorando. Vestido e maquiado como palhaço, o artista
deficiente - ele perdeu um dos braços em um acidente - mantinha
expressão de dor enquanto, sem sucesso, tentava manter algumas bolinhas
no ar. O desempregado esqueceu a própria crise e, sem hesitar, pediu que
o amigo motorista estacionasse para questionar o artista, que até
tentou negar as lágrimas num primeiro momento, mas, diante da abordagem
insistente da dupla, pouco depois decidiu contar sua história: a filha,
prematura, estava na UTI.
Já na primeira abordagem, o malabarista reage com um sorriso, mesmo
“chateado” e “pensativo”, como ele mesmo descreve. Em seguida, Fábio
Viana, de 28 anos, decide falar: “É que a minha filha está naquele
pronto-socorro ali, né?”. Bruno pergunta se pode ajudá-lo de alguma
forma, e o palhaço responde “Eu tô aí, né, fazendo malabarismo. Tô aqui
pensando na vida. Fui pegar as roupas dela para lavar, porque nasceu
antes do tempo”, diz o jovem, mostrando as roupas da menina e os
remédios da esposa. “Eu estava aqui deprimido, pensando na vida. Você
trabalha, trabalha, e ninguém dá valor, e tem que parar para pensar”,
desabafa. O motorista, Stanley Meiri, entrega R$ 20 a ele e promete
publicar o vídeo para conseguir mais ajuda.
— Eu nunca vi um palhaço chorando, a não ser em tatuagem ou livro, e
quis saber o motivo. Você pode esconder lágrimas, enxugar, mas a face da
dor não se esconde . Por isso, insisti. Achei até que ele, por ser
deficiente, tivesse sofrido algum constrangimento, porque eu vi que as
bolinhas estavam caindo. Não podia imaginar que o motivo seria a
internação da filha — conta Bruno que, comovido com a história, decidiu
ajudar a arecadar fundos para ajudar a família de Fábio.
Segundo Bruno, o faturamento de Fábio chega a R$ 60 quando consegue
resistir ao calor de 38 graus do outono na cidade e passar o dia todo
sob o sol. E, na casa do palhaço, a dificuldade aparece refletida na
falta de ventilador, televisão, forro e de uma geladeira capaz de
atender as necessidades de uma família composta por quatro crianças
(quatro meninas, contando com o bebê que está prestes a ter alta) e três
adultos, já que o malabarista vive ainda com a esposa e a sogra.—
Descobri o telefone dele por uma mensagem no Facebook e decidi ir até
lá. O mais impressionante é que, mesmo com tanta gente querendo ajudar,
tudo o que a família pediu foi um ventilador para aguentar o calor da
casa. Eles não têm nem noção da situação por que estão passando —
comentou o eletricista.
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