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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR – Imagem: DivulgaçãoA Polícia Federal (PF) do Paraná está investigando o furto de mais de R$ 6,5 milhões da Prefeitura de Telêmaco Borba, nos Campos Gerais.
Conforme a PF, a suspeita é que o crime tenha sido cometido por uma
organização criminosa que realiza invasão de dispositivos informáticos.
Nesta quarta-feira (3), a PF do Paraná realizou uma operação para reunir informações e identificar os suspeitos. A ação foi em Brasília (DF), Águas Lindas de Goiás (GO) e Santa Luzia (MG).
No total, foram expedidos 75 mandados:
quatro de prisão, 11 mandados de busca e apreensão, 51 mandados de
sequestro de bens, arresto e bloqueio, além de 9 mandados de sequestro
de criptoativos.
Pelo menos três pessoas foram presas em Brasília até a última
atualização desta reportagem. Os nomes dos suspeitos e demais
informações de balanço da operação não foram revelados.
Em nota, a prefeitura de Telêmaco Borba disse que a invasão aconteceu em abril de 2020.
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Em nota, a Caixa Econômica disse apenas que o caso em Telêmaco Borba
ocorreu em abril de 2020 e o processo corre em segredo de justiça.
"A CAIXA informa que monitora seus canais e transações, utiliza
modernas ferramentas de segurança em seus canais, bem como atua em
conjunto com órgãos de segurança pública na investigação de casos
suspeitos, assim como na prevenção de fraudes e golpes. [...] Como parte
da atuação na prevenção de ocorrências, a CAIXA realiza constantemente
ações de orientação e esclarecimentos a seus clientes por meio de seus
canais de atendimento, sítio eletrônico e redes sociais", diz trecho do
texto.
De acordo com a investigação, os suspeitos criaram um site falso para
furtar credenciais e, por meio deste site, induziram um servidor da
prefeitura de Telêmaco Borba a fornecer informações de login e senha.
Esse login, conforme a PF, foi utilizado para acessar um sistema interno do município
Ainda de acordo com as investigações, o grupo clonou o perfil do
servidor no aplicativo WhatsApp e utilizou engenharia social para se
passar por ele.
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Em seguida, entraram em contato com o gerente da Caixa Econômica
Federal, responsável pelas contas, que autorizou transferências para
empresas de fachada, como se fossem fornecedoras da prefeitura.
Quando os suspeitos conseguiram ter acesso aos valores, segundo a PF,
distribuíram o dinheiro em diversas contas bancárias e em nome de
laranjas.
Após, aponta a investigação, converteram o dinheiro em criptomoedas, o que dificultou o rastreamento dos recursos.
A PF identificou quatro beneficiários dos valores, incluindo os
integrantes do grupo criminoso que adquiriram bens de luxo e realizaram
viagens caras.
Crimes
A PF disse que os crimes que envolvem o caso são:
- furto qualificado mediante fraude;
- invasão de dispositivo informático;
- lavagem de dinheiro;
- e organização criminosa.
Em caso de condenação, a soma das penas chega a 30 anos de prisão.
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