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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: JORNAL O TEMPO – Imagem: DivulgaçãoA CPI das ONGs, de autoria do vereador Rubinho Nunes (União), deve ser
instalada assim que a Câmara Municipal de São Paulo retomar os
trabalhos, em fevereiro. Ela tem como principal alvo a atuação do padre
Júlio Lancellotti na região central da capital, mais especificamente na
cracolândia, e a relação dele com as entidades.
O vereador articulou junto à cúpula do Legislativo um acordo para
instalação da CPI após ter conseguido as 24 assinaturas necessárias para
protocolá-la. A investigação deverá ganhar contornos eleitorais, pois
Lancellotti é próximo de Guilherme Boulos (PSOL), um dos pré-candidatos à
Prefeitura de SP em 2024.
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O partido de Rubinho, União Brasil, apoiará a reeleição de Ricardo
Nunes (MDB), e Kim Kataguiri, filiado à sigla, também é pré-candidato. O
partido tem Milton Leite, presidente da Câmara Municipal, como
principal liderança no estado.
As ações de Rubinho têm sido alvo de críticas de representantes da
esquerda, e os vereadores Luna Zarattini e Hélio Rodrigues, do PT,
denunciaram-no à Corregedoria da Câmara Municipal de SP.
As duas entidades que o vereador já definiu que deverão ser alvos da CPI
são o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecida como Bompar, e
o coletivo Craco Resiste. Ambas atuam junto à população em situação de
rua e dependentes químicos da região central da cidade, assim como o
padre.
A primeira é uma entidade filantrópica ligada à igreja católica da
qual o padre Júlio já foi conselheiro. A segunda atua contra a violência
policial na região da cracolândia.
Em dezembro, o pároco disse à coluna que não tem qualquer incidência
sobre as entidades e não atua em projetos conjuntos com elas.
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"Elas são autônomas, têm diretorias, técnicos, funcionários. A Câmara
tem direito de fazer uma CPI, mas vai investigar e não vai me encontrar
em nenhuma das duas", afirmou.
Ele ainda disse que não é do conselho da Bompar há 17 anos, e que
ocupava uma posição sem remuneração no conselho deliberativo da
entidade.
O padre também afirmou que o vereador e seus aliados "ficam
personalizando e criminalizando para fugir do debate da questão" e que
deveriam "convocar o prefeito [Ricardo Nunes], a Secretaria de
Assistência Social, que têm o dinheiro público".
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