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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: DivulgaçãoO Tribunal Superior Eleitoral (TSE ) decidiu nesta terça-feira (31) aplicar uma nova inelegibilidade ao ex-presidente Jair Bolsonaro .
Também foi condenado o vice na chapa, Braga Netto. A maior parte dos
ministros entendeu que Bolsonaro e Braga Netto cometeram abuso de poder
político ao usar as comemorações oficiais do 7 de Setembro de 2022 para
fins eleitorais.
O placar foi de 5 a 2 pelas inelegibilidades dos dois políticos. Os
dois também vão pagar multas no valor de R$ 425,6 mil e R$ 212,8 mil,
respectivamente.
O ex-presidente já tinha sido condenado, em junho deste ano, por abuso
de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em outra ação,
que levou a Corte a declará-lo inelegível por oito anos, até 2030.
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Bolsonaro e Braga Netto podem recorrer da decisão no próprio TSE e
também no STF, se entenderem que houve violação da Constituição no
julgamento.
Sessão do TSE
Primeiro a votar, o ministro André Ramos Tavares afirmou que o fato de o
ex-presidente ter retirado a faixa e mudado de local não é suficiente
para descaracterizar o uso eleitoral do evento oficial. E que houve uso
de recursos públicos para inflar um evento de campanha. "O acervo
probatório aponta para uma verdadeira absorção do evento cívico",
afirmou.
O voto da vice-presidente do TSE, Cármen Lúcia, consolidou a maioria
pela condenação de Bolsonaro. A ministra pontuou que a República impõe
respeito, exige austeridade, responsabilidade e muita prudência. Para a
ministra houve a "captura da estrutura de Estado e uma data de tamanha
importância para todos os brasileiros". "Tudo isso a demonstrar que
havia uma utilização abusiva de uma estrutura, de uma data", ponderou.
O ministro Nunes Marques divergiu em parte, votando no sentido de
rejeitar a inelegibilidade e aplicar apenas multa de R$ 40 mil a
Bolsonaro; e para absolver Braga Netto, sem aplicar inelegibilidade ou
multa.
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O ministro Alexandre de Moraes foi o último a votar. O presidente do
TSE afirmou que as condutas irregulares estavam claras e classificou o
ato como eleitoreiro e autoritário. "O abuso é claro, afirmou. "A
Justiça Eleitoral não é tola", garantiu.
Moraes também citou o uso irregular das Forças Armadas. "Lamentável a
triste instrumentalização das Forças Armadas por uma candidatura a
presidente e vice-presidente da República", declarou.
O relator dos processos, ministro Benedito Gonçalves, apresentou um
complemento de voto em que defendeu a aplicação de inelegibilidade de
Braga Netto, a partir dos debates que foram feitos ao longo do
julgamento.
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