quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Órgãos de menina são doados para três pessoas: 'Vai ter um pouquinho dela em cada um', diz irmão da vítima de acidente na BR-369 no PR

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR Imagem: Divulgação
Os órgãos da menina Gabrielli Cristina Koji, de nove anos, foram captados, nesta quarta-feira (6), para serem doados a três pessoas, segundo o Hospital Universitário de Cascavel, no oeste do Paraná.
A criança havia ficado gravemente ferida em um acidente de trânsito na BR-369, onde perdeu os pais na batida. Gabrielli teve morte cerebral quatro dias após ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica. 
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Segundo o hospital, a captação dos órgãos durou três horas e ocorreu na manhã desta quarta. O fígado e os dois rins da criança foram enviados para três pacientes dos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. 
Por causa do acidente, Gustavo Koji, de 16 anos, perdeu os pais Moacir Koji, de 42 anos, e Cristina Pereira Koji, de 40 anos, além da irmã mais nova. Ele estava no colégio quando soube do acidente.  
"Difícil porque é uma surpresa para todo mundo. Ninguém espera que vai acordar de manhã, vai estar na escola e do nada receber a mensagem que seus pais vieram a falecer em um acidente e que sua irmã está em estado grave. Mas querendo ou não a gente tem que continuar firme, porque tem toda uma família que precisa de ajuda."
Segundo o adolescente, a mãe dele sempre falou sobre doar os próprios órgãos ou o corpo para estudos após a morte dela. Entretanto, por causa das condições do acidente, nenhuma das duas opções foi possível.
Pensando nesse desejo da mãe e sabendo como a irmã ficaria feliz em poder levar alegria para outra pessoa, Gustavo optou pela doação de órgãos de Gabrielli. 
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"Viva ela sempre vai estar na memória e coração de todo mundo, vai ter um pouquinho dela em cada um, tanto físico como mentalmente. Ela vai estar levando alegria. [...] Isso ajuda a aliviar um pouco o que a gente está sentindo, porque mesmo em um momento de tristeza a gente vai poder ajudar alguém. A Gabrielli vai poder ajudar alguém."
Em entrevista à RPC, o adolescente relembrou como os pais eram trabalhadores. O casal tinha uma empresa em Cascavel.
"Eu digo que fui bem criado, eles me ajudaram muito a ser quem eu sou hoje em dia. Minha mãe fez eu ser forte. Ela sempre falava que nunca há tempo ruim, que a gente sempre tem que continuar firme." 

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