By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: UOL – Imagem: Divulgação
Após mais de 11 horas de angústia e buscas pelo filho desaparecido,
pelas ruas de Blumenau (SC), na madrugada de hoje, o eletricista
Ataildes da Mata Santos encontrou seu filho, Yan Lucas, de 10 anos,
dentro do sofá-cama da casa em que vivem. O menino tinha deixado um
bilhete dizendo que fugiria de casa, mas ficou escondido por várias
horas num buraco que fez no estofado.Continua depois da publicidade
"O dia foi bem tenso. Meu filho deixou um bilhete dizendo que tinha
fugido, mas me amava", disse o pai, que cuida sozinho do menino, em
conversa com o UOL. Os motivos da "fuga" seria a
possível cobrança que seu pai faz em relação aos seus estudos. "Eu cobro
muito ele na questão da escola, nas tarefas. Meu filho não tinha feito
uma tarefa e a professora mandou um bilhete pedindo explicação. Acho
que, por medo, ele ficou acuado".
Yan costuma ir para a escola sozinho pela manhã. Ao ligar para a
instituição de ensino e saber que o filho não havia comparecido na aula,
o pai se desesperou e começou as buscas. Ao UOL, a Polícia Militar em Blumenau informou que foi acionada por Ataildes e que auxiliou na procura pelo garoto.
O pai também recebeu ajuda de amigos e conhecidos, que compartilharam
nas redes sociais a foto de seu filho com seu telefone para contato.
"Conforme o tempo vai passando, fica aquele conflito de sentimento
dentro de você, aquela luta interna 'vai dar certo, não vai dar certo',
só pensa coisa negativa. A outra pessoa que estava comigo tentava me
incentivar", afirmou Adailton.
Por volta das 4h30, da madrugada de hoje, ele voltou para a casa
pensando que talvez alguém havia encontrado Yan e ele estaria em uma
casa. "Sentei no sofá-cama para pensar o que ia fazer e ouvi um gemido
[de sono]. Olhei para a janela e não vi nada.
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Tive a ideia de puxar a
parte do sofá e meu filho estava deitado dentro do sofá-cama. Ele fez um
furo no forro, colocou uns panos e lençóis, deitou e fechou. Jamais
imaginaria que ele estaria ali dentro", confessa o pai, ao comentar a
engenhosidade da criança.
"Foi um alívio [encontrar ele]. A minha outra alternativa era ver as
câmeras do comércio da rua para ver para onde ele tinha fugido", conta o
pai. A mãe de Yan vive em Brasília e, quando o eletricista sai para
trabalhar, ele normalmente fica com uma vizinha, identificada como Dona
Marta. Mas o garoto não foi para a casa dela no dia de ontem e se
dirigiu para casa, onde aprontou a "travessura".
Ataildes quis saber do filho onde ele tinha visto ou aprendido a
fazer o que ele fez. Ao pai, Yan explicou que não viu em nenhum lugar,
apenas teve a ideia. Apesar do susto que deu, o garoto está bem.
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