By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: INTERVALO DA NOTICIAS – Imagem: Divulgação
Beth Gomes precisou esperar por horas até se posicionar para seus
lançamentos. Grande favorita na classe F52, para competidores em
cadeiras de rodas, a brasileira só teve pressa quando deu início à
apresentação. Com 15,68m logo em sua primeira tentativa, confirmou as
expectativas e conquistou o ouro no lançamento de disco nesta
segunda-feira nas Paralimpíadas de Tóquio. Mas ainda havia espaço para
mais. Na sequência, Beth quebrou o recorde mundial duas vezes,
estabelecendo a nova melhor marca em 17,62m. Com a vitória da atleta santista, o Brasil chega a 99 medalhas de ouro na história dos Jogos e fica a uma da centésima.
- Parece um sonho, mas um sonho que se tornou realidade. Foram cinco
anos esperando por esse feito, quando fiquei fora das Paralimpíadas de
Rio, por conta de uma reclassificação funcional.
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E hoje posso comemorar
esse feito, que venho galgando com a minha treinadora a cada treino, a
cada suor derramado. Essa medalha também são para meus pais, que estão
no céu. Esse grande feito é para vocês. Quero agradecer a minha família,
que tanto me apoiou, e meus amigos, que não me deixaram para trás -
disse a santista, de 56 anos.
Beth, que sofre de esclerose múltipla, foi a última a se apresentar na
final. Uma a uma, viu suas rivais lançarem e esperou. Garantiu a medalha
de ouro logo em seu primeiro lançamento, com 15,68m. Na segunda
tentativa, quebrou o recorde paralímpico, com 16,35m. Mas ainda cabia
mais. Em suas duas últimas tentativas, quebrou o recorde mundial duas
vezes, com 17,33m e 17,62m. A marca anterior, também dela, de 16,89m,
durava desde 2019. O ouro estava garantido nas melhores mãos.
No fim, Beth, ainda no campo de competição, chorou. E muito. A
brasileira, campeã no Parapan de Lima e no Mundial de Dubai, em 2019,
completa a trinca de títulos dos sonhos dos atletas. Dona de todos os
recordes possíveis, a brasileira confirma seu domínio no lançamento de
disco.
Beth colocou mais de dois metros de vantagem para as rivais mais
próximas. As ucranianas Iana Lebedieva, com 15,48m, e Zoia Ovsii, com
14,37m, completaram o pódio com a prata e o bronze, respectivamente.
A medalha de Beth é a segunda de ouro do Brasil no dia do atletismo em Tóquio. Ainda na sessão da manhã, Claudiney Batista também confirmou seu favoritismo ao título.
Campeão no lançamento de disco F56 na Rio 2016, o mineiro de Bocauíva
ainda detinha o recorde mundial - 46,68m - da prova. Em Tóquio, o atleta
de 42 anos levou o ouro com facilidade ao lançar o disco a 45,59m, novo
recorde paralímpico. A medalha de Claudiney foi a primeira do dia para o
Brasil, ainda na sessão da manhã no Japão.
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O país ainda conquistou duas medalhas de prata.
Vinícius Rodrigues foi superado por um centésimo na final dos 100m T63 e
ficou em segundo lugar. No arremesso de peso classe F11, para
deficientes visuais, Alessandro Rodrigo fez sua melhor marca da
temporada e garantiu o pódio.
Assista AQUI.
No arremesso de peso na classe F11, para deficientes visuais, Alessandro
Rodrigo também conquistou a prata. Na sua última tentativa ele fez sua
melhor marca no ano, 13,89m, e garantiu o segundo lugar. O ouro ficou
com o iraniano Mahdi Oladi, com 14,43m.
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- Lógico que toda visualização que a gente faz é com a douradinha. São
as minhas primeiras Paralimpíadas. Mesmo em um ano atípico, todo mundo
precisou se adaptar. Não vou dizer que estou pleno, mas estou feliz com
uma medalha. Eu me inspirei no Ayrton Senna. Paris está logo ali, ano
que vem tem Mundial também. O ouro virou prata. Mas, se for de grão em
grão, a próxima vai ser ouro - disse o brasileiro.
Assista AQUI.
Na primeira final feminina da história do tênis de mesa brasileiro,
Bruna Alexandre conquistou a medalha de prata nesta segunda-feira, sexto
dia de competições das Paralimpíadas de Tóquio. Pela classe T10 (para atletas andantes),
ela foi superada na final por Qian Yang, chinesa naturalizada
australiana neste último ciclo paralímpico. Vitória da adversária por 3
sets a 1, parciais 13/11, 6/11, 11/7 e 11/9.
Com a prata, Bruna tem agora três medalhas paralímpicas no currículo.
Ela já havia conquistado dois bronzes na Rio 2016. Na ocasião,
inclusive, a atleta já tinha feito história ao se tornar a primeira
mulher brasileira a subir no pódio da modalidade.
- Eu vou deixar essa medalha na porta todos os dias para lembrar que
valeu todo esforço - disse emocionada Bruna Alexandre após receber a
medalha.
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Catarinense de Criciúma, Bruna começou a final muito sólida, abrindo 8 a
3 logo de cara. Bastante agressiva, ela conseguiu impor seu jogo
enquanto o saque da australiana era curto, no centro da mesa. Quando a
Qian mudou a estratégia, no entanto, movimentando pelas laterais, a
brasileira encontrou mais dificuldade.
Após ótimas trocas e alto nível de tênis de mesa, a australiana buscou o
jogo, salvando 3 set points quando Bruna Alexandre vencia por 10 a 7. A
brasileira também salvou o primeiro set point, mas não evitou a derrota
por 13 a 11 na parcial.
Assista AQUI.
A prata ficou com o indiano Yogesh Kathuniya, com 44,38m. O bronze foi
para as mãos do cubano Leonardo Aldana, com 43,36m. Competem no
lançamento de disco F56 atletas cadeirantes com sequelas de
poliomielite, lesão medular e amputação.
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Assista AQUI.
Até a publicação desta matéria o Brasil era o 6º colocado no quadro de medalhas:
Medalhas
- 12 ouro;
- 08 prata;
- 15 de bronze;
- 35 medalhas;
Confira AQUI o quadro de medalhas.
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