segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Confira o resumo das conquistas de medalhas do Brasil nas Paralímpiadas

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: INTERVALO DA NOTICIAS Imagem: Divulgação

Beth Gomes precisou esperar por horas até se posicionar para seus lançamentos. Grande favorita na classe F52, para competidores em cadeiras de rodas, a brasileira só teve pressa quando deu início à apresentação. Com 15,68m logo em sua primeira tentativa, confirmou as expectativas e conquistou o ouro no lançamento de disco nesta segunda-feira nas Paralimpíadas de Tóquio. Mas ainda havia espaço para mais. Na sequência, Beth quebrou o recorde mundial duas vezes, estabelecendo a nova melhor marca em 17,62m. Com a vitória da atleta santista, o Brasil chega a 99 medalhas de ouro na história dos Jogos e fica a uma da centésima.
- Parece um sonho, mas um sonho que se tornou realidade. Foram cinco anos esperando por esse feito, quando fiquei fora das Paralimpíadas de Rio, por conta de uma reclassificação funcional. 
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E hoje posso comemorar esse feito, que venho galgando com a minha treinadora a cada treino, a cada suor derramado. Essa medalha também são para meus pais, que estão no céu. Esse grande feito é para vocês. Quero agradecer a minha família, que tanto me apoiou, e meus amigos, que não me deixaram para trás - disse a santista, de 56 anos.  
Beth, que sofre de esclerose múltipla, foi a última a se apresentar na final. Uma a uma, viu suas rivais lançarem e esperou. Garantiu a medalha de ouro logo em seu primeiro lançamento, com 15,68m. Na segunda tentativa, quebrou o recorde paralímpico, com 16,35m. Mas ainda cabia mais. Em suas duas últimas tentativas, quebrou o recorde mundial duas vezes, com 17,33m e 17,62m. A marca anterior, também dela, de 16,89m, durava desde 2019. O ouro estava garantido nas melhores mãos.  
No fim, Beth, ainda no campo de competição, chorou. E muito. A brasileira, campeã no Parapan de Lima e no Mundial de Dubai, em 2019, completa a trinca de títulos dos sonhos dos atletas. Dona de todos os recordes possíveis, a brasileira confirma seu domínio no lançamento de disco. 
Beth colocou mais de dois metros de vantagem para as rivais mais próximas. As ucranianas Iana Lebedieva, com 15,48m, e Zoia Ovsii, com 14,37m, completaram o pódio com a prata e o bronze, respectivamente. 
A medalha de Beth é a segunda de ouro do Brasil no dia do atletismo em Tóquio. Ainda na sessão da manhã, Claudiney Batista também confirmou seu favoritismo ao título. Campeão no lançamento de disco F56 na Rio 2016, o mineiro de Bocauíva ainda detinha o recorde mundial - 46,68m - da prova. Em Tóquio, o atleta de 42 anos levou o ouro com facilidade ao lançar o disco a 45,59m, novo recorde paralímpico. A medalha de Claudiney foi a primeira do dia para o Brasil, ainda na sessão da manhã no Japão. 
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O país ainda conquistou duas medalhas de prata. Vinícius Rodrigues foi superado por um centésimo na final dos 100m T63 e ficou em segundo lugar. No arremesso de peso classe F11, para deficientes visuais, Alessandro Rodrigo fez sua melhor marca da temporada e garantiu o pódio. 
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Vinícius Rodrigues tinha o peso do favoritismo nas costas. Ao quebrar o recorde paralímpico nas semifinais, o brasileiro chegou à decisão com a missão de buscar o ouro nos 100m T63. Mas, por um centésimo, acabou com a prata. O atleta terminou a prova com 12s05, atrás do russo Anton Prokhorov, com 12s04. Leon Schaefer, da Alemanha, com 12s55, completou o pódio.  
No arremesso de peso na classe F11, para deficientes visuais, Alessandro Rodrigo também conquistou a prata. Na sua última tentativa ele fez sua melhor marca no ano, 13,89m, e garantiu o segundo lugar. O ouro ficou com o iraniano Mahdi Oladi, com 14,43m. 
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Vinícius, assim como na semifinal, não teve uma boa saída. O brasileiro, porém, se recuperou na reta final e brigou pelo ouro contra Prokhorov. O russo, que compete na classe T42, com lesões nas pernas, quebrou o recorde mundial e levou a melhor por um décimo, à frente de Vinícius.
- Lógico que toda visualização que a gente faz é com a douradinha. São as minhas primeiras Paralimpíadas. Mesmo em um ano atípico, todo mundo precisou se adaptar. Não vou dizer que estou pleno, mas estou feliz com uma medalha. Eu me inspirei no Ayrton Senna. Paris está logo ali, ano que vem tem Mundial também. O ouro virou prata. Mas, se for de grão em grão, a próxima vai ser ouro - disse o brasileiro. 
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Na primeira final feminina da história do tênis de mesa brasileiro, Bruna Alexandre conquistou a medalha de prata nesta segunda-feira, sexto dia de competições das Paralimpíadas de Tóquio. Pela classe T10 (para atletas andantes), ela foi superada na final por Qian Yang, chinesa naturalizada australiana neste último ciclo paralímpico. Vitória da adversária por 3 sets a 1, parciais 13/11, 6/11, 11/7 e 11/9.
Com a prata, Bruna tem agora três medalhas paralímpicas no currículo. Ela já havia conquistado dois bronzes na Rio 2016. Na ocasião, inclusive, a atleta já tinha feito história ao se tornar a primeira mulher brasileira a subir no pódio da modalidade. 
- Eu vou deixar essa medalha na porta todos os dias para lembrar que valeu todo esforço - disse emocionada Bruna Alexandre após receber a medalha.  
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O jogo
Catarinense de Criciúma, Bruna começou a final muito sólida, abrindo 8 a 3 logo de cara. Bastante agressiva, ela conseguiu impor seu jogo enquanto o saque da australiana era curto, no centro da mesa. Quando a Qian mudou a estratégia, no entanto, movimentando pelas laterais, a brasileira encontrou mais dificuldade.
Após ótimas trocas e alto nível de tênis de mesa, a australiana buscou o jogo, salvando 3 set points quando Bruna Alexandre vencia por 10 a 7. A brasileira também salvou o primeiro set point, mas não evitou a derrota por 13 a 11 na parcial. 
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Claudiney Batista chegou às Paralimpíadas de Tóquio como favorito ao título. Campeão no lançamento de disco F56 na Rio 2016, o mineiro de Bocauíva ainda detinha o recorde mundial - 46,68m - da prova. Confirmando toda a sua expectativa, o atleta de 42 anos levou o ouro com facilidade ao lançar o disco a 45,59m, novo recorde paralímpico. A medalha de Claudiney foi o quinto ouro do atletismo brasileiro em Tóquio, o que deixa o país a duas conquistas do seu 100° ouro em Paralimpíadas. 
A prata ficou com o indiano Yogesh Kathuniya, com 44,38m. O bronze foi para as mãos do cubano Leonardo Aldana, com 43,36m. Competem no lançamento de disco F56 atletas cadeirantes com sequelas de poliomielite, lesão medular e amputação.  
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Assista AQUI.
Até a publicação desta matéria o Brasil era o 6º colocado no quadro de medalhas:
Medalhas
- 12 ouro;
- 08 prata;
- 15 de bronze;
- 35 medalhas;
Confira AQUI o quadro de medalhas.
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