By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR – Imagem: Divulgação
Uma vaquinha feita pela internet bateu 110% da meta e, até esta quarta-feira (7), arrecadou quase R$ 40 mil para o pai que percorre 28 km de bicicleta de um estado a outro toda semana para buscar tarefas dos filhos.
Ele garante que os três filhos adolescentes não parem de estudar, mesmo
sem computador, internet e morando distante do colégio.
A família mora em um sítio às margens da BR-376, em Guaratuba, no litoral do Paraná.
Em cima de uma bicicleta, o roçador Edemilson vai até Garuva (SC), município vizinho, todas as terças-feiras para buscar materiais e tarefas para que eles estudem em casa, durante a pandemia do novo coronavírus.
Continua depois da
publicidade
Ao G1,
o pai comentou que ainda nem parou para pensar sobre o quanto essa
quantia vai ajudar a família, mas que está extremamente grato. Na
vaquinha, mais de 600 pessoas colaboraram.
Quanto à sua companheira de todos os dias, a bicicleta, ele diz que
pretende usar o dinheiro da ajuda para o essencial e que vai ficar com
ela ainda por um tempo.
"A bicicleta por enquanto essa está boa, vou ficar com a minha velhinha
mesmo. Eu não tenho carteira de motorista, então tem que ser assim
durante essa pandemia", comentou o pai.
O pai trabalha há 18 anos em uma pousada mas, devido à pandemia, o local
não paga o salário há mais de três meses, segundo ele. A família
Wielgosz sobrevive com ajuda de cestas básicas e doações. Ajuda
Segundo a diretora do colégio onde eles estudam, Rosângela Maria
Moisés, a internet na região entre as cidades sempre foi um problema,
mas que após a passagem de um ciclone bomba, tudo ficou ainda pior.
Continua depois da
publicidade
"Os alunos já estavam enfrentando dificuldades para ter acesso às aulas
remotas durante a pandemia e, depois disso [ciclone], aumentou o número
de famílias prejudicadas. Os três [filhos de Edemilson] estão entre os
mais de 300 que precisam estudar só com atividades impressas", explicou.
Conforme a diretora, os três são muito queridos em toda a escola. Para
ela e as duas assessoras que fazem o filtro da situação dos estudantes, é
impossível não querer ajudar a família de alguma forma.
"Temos um carinho enorme pelos três, e também pelos outros estudantes,
claro. Mas, cada aluno é especial para nós. Esse pai é muito guerreiro. É
de cortar o coração ver pessoas que tem direito como qualquer outro,
estarem nessa situação", disse Rosângela.
A diretora contou que várias vezes tentou auxiliar a família, mesmo que pouco.
De acordo com Rosângela, certo dia, ela e as assessoras juntaram o
dinheiro que tinham na carteira e compraram um chinelo, um tênis e um
agasalho para Wellinton porque o chinelo que ele tinha ido para o
colégio arrebentou.
MATÉRIA RELACIONADA:
CURTA AQUI NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.