By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
O blog Segurança Digital recebeu
relatos de leitores que elucidam algumas das técnicas utilizadas por
golpistas para conseguir convencer as vítimas a informar o número de
confirmação do WhatsApp e com isso ativar o aplicativo em outro
telefone, roubando a conta para tentar aplicar golpes em contatos.
Os criminosos podem se aproveitar de informações públicas, como
anúncios na web, e enviar mensagens falsas em nome dos serviços. Isso
faz a vítima pensar que um serviço que ela de fato usa está solicitando
alguma verificação de conta. Porém, nesse momento, o criminoso já
iniciou o processo de ativação do WhatsApp em outro celular.
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O diferencial das fraudes realizadas dessa maneira é que elas não
envolvem o roubo da própria linha de telefonia celular, apenas o
WhatsApp.
Para ativar o WhatsApp em um celular, basta informar o código recebido
por torpedo SMS. Em uma ativação regular, o torpedo é recebido no mesmo
celular em que o WhatsApp será ativado. Contudo, o WhatsApp também pode
ser ativado em outro aparelho — inclusive um aparelho sem chip de
telefonia — desde que seja digitado o código enviado ao número informado
na ativação.
Os criminosos iniciam o processo de ativação informando o número de
suas vítimas. Ao mesmo tempo, eles podem telefonar para a vítima ou
enviar mensagens SMS informando sobre alguma verificação ou atualização
de cadastro. Quando a vítima checar sua caixa de mensagens, lá estará o
código de ativação do WhatsApp.
Se esse número for informado ao golpista, seja por SMS ou outro meio,
ele conseguirá finalizar a ativação e o WhatsApp será desativado no
telefone da vítima.
Verificação em duas etapas 'inimiga'
Os criminosos estão utilizando esse recurso de segurança para impedir que as vítimas da fraude recuperem suas contas. Após o WhatsApp ser roubado, eles configuram a verificação de duas etapas na conta.
Como se proteger
A verificação em duas etapas adotada pelo WhatsApp é muito útil para
aumentar a proteção da conta se for usada pelo próprio dono da linha.
Como o PIN configurado precisa ser digitado regularmente (e não apenas
ao ativar a conta), a chance de você se esquecer da senha é menor.
É importante que a senha não seja uma informação pessoal (como o a data
de nascimento) e, principalmente, não use os próprios números do seu
telefone.
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Códigos de autenticação recebidos por SMS não devem ser compartilhados
por nenhum meio. Eles devem ser apenas fornecidos aos serviços que os
solicitaram, seja em um aplicativo ou em um site da web, e não por
telefone, e-mail ou SMS. Também deve ser verificado que o código
pertence ao mesmo serviço: o WhatsApp, por exemplo, identifica a origem
da mensagem.
A configuração da senha no WhatsApp diminui o risco de um pequeno
momento de desatenção acarretar no roubo total da conta, porque vai
impedir que o criminoso ative o seu WhatsApp no celular dele, mesmo que
você tenha fornecido o número de confirmação por acidente ou que sua
linha tenha sido roubada.
O blog perguntou ao WhatsApp quais são as orientações
para as vítimas que perderam seu número com esses golpes. A empresa não
forneceu uma resposta até a publicação desta reportagem.
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