By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR – Imagem: Divulgação
A Justiça determinou que José Claudio Pol, ex-prefeito de Luiziana, no
centro-oeste do Paraná, vá a júri popular pelos crimes de homicídio
qualificado, por motivo fútil, e peculato – que é a apropriação de
recursos ou bens públicos. Cabe recurso.
De acordo com Ministério Público do Paraná (MP-PR), a falta do
equipamento contribuiu para a morte de uma paciente da cidade que
precisou ser transferida de ambulância para Campo Mourão, a 30 km de
Luiziana.
O cilindro de oxigênio aparece em fotos publicadas por familiares do ex-prefeito em uma rede social à época dos fatos.
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Em nota, a defesa de José Claudio Pol, informou que discorda da
pronúncia do réu, face à falta de indícios mínimos de autoria e
materialidade e disse que vai recorrer, em busca de justiça.
A decisão
A juíza substituta Mayra dos Santos Zavattaro, da 1ª Vara Criminal de
Campo Mourão entendeu, conforme a decisão publicada na noite de
segunda-feira (18), que que existem provas da materialidade e indícios
suficientes de autoria.
“Há indicativos nos autos de que o equipamento de oxigênio foi retirado
do posto de saúde para bambear chope, durante uma festa na casa do
acusado José Cláudio Pol”, diz um trecho do documento.
Segundo Zavattaro, as fotos anexadas ao processo demonstram que o
cilindro de oxigênio estava na casa do então prefeito de Luiziana,
acoplado a um barril de chope.
Além de Pol, Joselvado Ramos Médice vai a júri popular pelos mesmos crimes.
“A prova oral indica que o acusado Josevaldo foi o responsável, a mando
de Cláudio, pela retirada do cilindro de oxigênio da UBS [Unidade
Básica de Saúde] de Luiziana”, diz outro trecho da sentença de
pronúncia.
Ainda de acordo com a decisão, como o crime de peculato está conexo ao
de homicídio qualificado, “em tese praticado pelos réus”, a competência
funcional para o julgamento do mérito caberá ao Tribunal do Júri.
A juíza ainda disse que, por falta de provas de que tenha retirada o
cilindro de oxigênio da UBA, ou mesmo participado de tal ação, Edicarlos
Médice não será julgado pelo júri popular.
O G1
tentou, mas não conseguiu contato com as defesas de Joselvado Ramos
Médice e Edicarlos Médice. Quando houver manifestação, esta reportagem
será atualizada.
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