By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: GMAIS NOTICIAS – Imagem: Divulgação
“Fizemos coleta tendo por base inicial aqui, o sul do Brasil. Então, fizemos no Rio Grande do Sul, aqui no Paraná e em Santa Catarina também, colhendo amostras tanto de bovinos como de carrapatos. A gente conseguiu descobrir vírus que, até então, nunca tinham sido descritos nas Américas.
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A gente descobriu alguns agentes cuja importância na
ocorrência de doenças ainda é desconhecida porque é tudo muito recente,
famílias de vírus que só tinham sido descritos na Ásia”, explica.Ainda segundo o professor Adriano, a pesquisa contou com a participação da USP, da Universidade Federal da Sul Fronteira, da University of Glasgow, da Escócia, além do Instituto Evandro Chagas, que é ligado ao Ministério da Saúde. Esse pool de agentes, ligado ao fato da descoberta, rendeu visibilidade a pesquisa. “Além da detecção que já é um fato bastante importante, a gente conseguiu também desenvolver uma técnica de diagnóstico. Se você pegasse seis meses atrás, qualquer pessoa falaria que essas espécies não existem no Brasil, mas porque nunca ninguém havia procurado. Esse trabalho, sendo pioneiro, nos dá essa possibilidade de desenvolver uma linha de pesquisa maior sempre trabalhando em conjunto com outras universidades”.
Carrapato da espécie Rhipicephalus microplus
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Os resultados da pesquisa foram publicados na Nature e, de acordo com o professor Adriano Carrasco, as respostas trazidas pelo projeto ajudarão também a fomentar a pesquisa dentro da Universidade. “A partir de uma ideia em cima de algo que não existia, a gente conseguiu um resultado muito bacana. Então, a satisfação é muito grande porque a gente está conseguindo levar o nome da universidade, possibilitar que alunos acompanhem isso, porque alunos acompanharam, fizeram parte do projeto também e aí a gente conseguir um resultado bacana em uma revista que é dispensa qualquer tipo de apresentação”.
Os carrapatos são ectoparasitas hematófagos. Ou seja, eles se alimentam do sangue de animais vertebrados e, por isso, podem causar doenças em cavalos, bovinos, cães, gatos, roedores e, também, no ser humano. Por isso, depois da descoberta desses novos tipos de carrapatos, o próximo passo do estudo será determinar se os agentes encontrados são patogênicos. Os pesquisadores também pretendem ampliar o levantamento, considerando outras populações de animais, além dos bovinos.
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