By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BBC BRASIL – Imagem: Divulgação
Diante da lista de candidatos, 33% dos entrevistados disseram preferir Lula, contra 15% de Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede), 7%, e Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB), 4% cada. No cenário estimulado sem Lula, Bolsonaro marca 17%, Marina, 13%, Ciro, 8% e Alckmin 6%. A pesquisa não é comparável com anteriores porque os cenários testados são diferentes.
Já na sondagem sobre avaliação de governo, o presidente Michel Temer atingiu novo recorde de rejeição: 79% dos respondentes desaprovam a gestão em junho, contra 72% em março.
A pesquisa ouviu 2 mil eleitores entre os dias 21 e 24 de junho e tem margem de erro de 2%.
Mas, há mais a ser visto na pesquisa. A BBC News Brasil separou alguns dados revelados pela sondagem:
Quanto mais pobre o eleitor, mais chances de votar em Lula. O contrário vale para Bolsonaro
A
pesquisa mostra que as intenções de voto em Lula aumentam quanto menor é
a renda do eleitor. No caso de Bolsonaro, o oposto acontece: o nível de
preferência é maior entre os mais ricos.
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Em respostas estimuladas,
Bolsonaro conquista 29% das menções entre aqueles eleitores com renda
familiar de mais de 5 salários mínimos. Nessa faixa de renda, Lula marca
17%.No outro extremo, o petista amealha 45% de apoio entre aqueles que têm até 1 salário mínimo de renda familiar. Entre os mais pobres, Bolsonaro tem apenas 7%.
O mesmo fenômeno se repete em relação à escolaridade. Na estimulada, Lula obtém 44% da preferência daqueles que concluíram até a quarta série do ensino fundamental, enquanto Bolsonaro registra apenas 5% nesse grupo.
Entre aqueles eleitores com curso superior, a intenção de voto de Lula cai para 20%. Bolsonaro registra 22%.
Marina, Ciro e Alckmin demonstram pouca variação entre os índices de preferência quanto à escolaridade e à renda.
Voto de Bolsonaro é majoritariamente de homens
Dentre
os homens, Bolsonaro obtém 21% das preferências, enquanto só 9% das
mulheres que responderam à pesquisa afirmam que votarão no ex-militar. Já Lula tem 35% da preferência delas, enquanto 31% dos homens dizem escolhê-lo.
As mulheres se mostram mais desiludidas: 25% dizem que votarão branco ou nulo. Entre os homens, esse percentual atinge 18%.
Sem Lula, Marina e Ciro ganham de Bolsonaro no Nordeste
Em
um cenário sem o presidente Lula, Bolsonaro obtém a maior taxa de
preferência entre os demais candidatos nas regiões Norte/Centro-Oeste
(19%), Sudeste (19%) e Sul (21).
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O Nordeste é seu ponto fraco,
com apenas 10% de menções. Ali, ele perde tanto para Marina Silva, que
registra 16% das preferências, quanto para Ciro Gomes, que tem 14%.
Collor lidera rejeição junto com Lula e Bolsonaro
Lula
e Bolsonaro polarizam preferências e estão na liderança da pesquisa.
São também os campeões da rejeição: 32% dos eleitores dizem que não
votariam em Lula em hipótese alguma e 31% afirmam o mesmo em relação a
Bolsonaro. O ex-presidente Fernando Collor de Melo divide com ambos a
aversão dos eleitores. Collor, no entanto, registra apenas 1% das intenções de voto em seu melhor cenário.
6 de cada 10 eleitores não sabem em quem votarão ou não querem votar em ninguém
A
pesquisa revela que 59% de eleitores ainda não sabem em quem votar ou
não pretendem escolher ninguém: 31% dos respondentes disseram que
anularão ou assinalarão branco na urna, enquanto 28% não sabem ou não
responderam. "É um número mais alto de indefinição do que o visto em outras eleições nesse mesmo período", afirma Márcia Cavallari, CEO do Ibope Inteligência, responsável pela sondagem. "Nas pesquisas, as pessoas estão expressando uma preocupação em ter um voto consciente, citam interesse em ver programas e propostas dos candidatos. E há uma incerteza sobre quem serão os candidatos", completa.
Insatisfação com Temer é maior entre os jovens e menor entre os mais velhos
Eleitores entre 16 e 24 anos são os mais insatisfeitos com a gestão Michel Temer
(MDB). Apenas 1% dos respondentes nessa faixa etária avalia o governo
como ótimo ou bom. Com a margem de erro, o percentual pode chegar a
zero. E 82% dos jovens qualificam o governo como ruim ou péssimo.
Entre os entrevistados com mais de 55 anos, Temer consegue seu maior percentual de ótimo ou bom: 5%. E 71% deles dizem que a gestão é ruim ou péssima.
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