By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR – Imagem: Divulgação
A Justiça Militar determinou que 14 policiais rodoviários estaduais de
Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, acusados de participação em um
esquema de cobrança de propina de motoristas em estradas aguardem o
julgamento em liberdade provisória com restrições.
O grupo estava preso em Curitiba desde o início de fevereiro,
quando o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco) deflagrou a operação "Manus Capio", e teve a soltura confirmada
nesta quinta-feira (5) pelo sistema eletrônico da Justiça.
Segundo o juiz, os réus deverão, entre outros, ser afastados das
funções, monitorados por tornozeleira eletrônica e não poderão sair de
casa.
Na denúncia, o Ministério Público relata 37 crimes apurados durante as investigações.
Segundo os promotores, havia um esquema organizado para arrecadar
dinheiro de motoristas que circulavam pelas estradas da região.
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O esquema, aponta a promotoria, era organizado e comandado por um
subtenente, responsável pelas escalas e pelas equipes policiais no posto
da PRE em Francisco Beltrão.
Entre as provas estão trocas de mensagens, conversas telefônicas e
gravações feitas com uma câmera escondida dentro de uma viatura da
Polícia Rodoviária Estadual (PRE).
Vídeos divulgados pelo Gaeco mostram os policiais contando dinheiro várias vezes.
Nas imagens, é possível ver os policiais tirando o dinheiro da própria
farda e guardando no boné da corporação. O resultado da contagem agrada a
um dos policiais. "Deu bom o plantãozinho, hein?".
Parte da propina chegou a ser paga em pizza, reforça a denúncia.
O que diz a Polícia Militar
A Polícia Militar (PM) confirmou o cumprimento das decisões judiciais e
informou que o caso segue na Justiça. Por isso, a PM não vai se
manifestar sobre as denúncias.
Na época, a PM afirmou, em nota, que participou das investigações desde
o início com o serviço de inteligência e com a Corregedoria e que
apoiou a prisão dos policiais supostamente envolvidos.
A corporação disse ainda que não compactua com este tipo de conduta e
que, respeitado o direito à defesa, se ficar comprovada a
responsabilidade do policiais, eles poderão ser punidos e até expulsos
da corporação.
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