By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: UOL – Imagem: Divulgação
Ao afirmar que, se eleito, pretende colocar em discussão
mudanças na reforma trabalhista do governo Temer, o pré-candidato ao Planalto
Ciro Gomes (PDT) foi alvo de vaias por parte da plateia em auditório de evento
organizado pelo CNI (Confederação Nacional da Indústria) em Brasília. Ciro
também foi aplaudido em outros momentos do evento.
"Meu compromisso com as centrais sindicais é trazer
essa bola de volta ao meio de campo", disse Ciro, sendo vaiado em seguida.
"Pois é, vai ser assim mesmo, se quiserem um presidente
fraco escolham um desses com conversa fiada aqui pra vocês", rebateu o
pré-candidato.
Ciro Gomes participou nesta quarta-feira (4) do evento
"Diálogos da Indústria com os candidatos à Presidência da República",
organizado pela CNI.
Também participaram os pré-candidatos Geraldo Alckmin
(PSDB), Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL), Henrique Meirelles (MDB), e
Alvaro Dias (Podemos).
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Os candidatos puderam expor suas ideias e em seguida foram
submetidos a três perguntas, feitas por integrantes da CNI.
Ciro citou a reforma trabalhista ao ser perguntado sobre se
pretendia "revogar" a reforma aprovada pelo governo do presidente
Michel Temer (MDB). Ciro afirmou que, como presidente, não teria o poder de
sozinho, revogar nenhuma das reformas propostas por Temer, mas afirmou que
pretende rediscutir pontos da reforma trabalhista, que ele classificou como
"selvageria". Como exemplo, ele citou a possibilidade de trabalho de
gestantes em locais insalubres e a regulamentação do chamado trabalho intermitente.
Após a palestra, em entrevista a jornalistas, Ciro minimizou
as vaias. "Fui vaiado por uma pequena fração [da plateia]. Mas não estou
nem um pingo preocupado com fato de receber agressão por defender trabalhador.
Meu lado é da classe trabalhadora. Só acho que a melhor forma de prestigiar a
classe trabalhadora é prestigiar quem produz junto com eles", disse.
Marina e Dias
defendem rever reforma trabalhista
Em palestra mais cedo, a pré-candidata da Rede, Marina
Silva, disse aos empresários que não acha que a reforma trabalhista tenha que
ser revogada, mas sim "revisitada", para corrigir "injustiças
que foram cometidas".
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Ela defendeu ainda um modelo "economicamente próspero,
socialmente justo e politicamente democrático".
Citando um provérbio chinês, Marina disse ainda que 'sábios
são aqueles que aprendem com os erros dos outros, e estúpidos são aqueles que
não aprendem nem com os próprios erros". "Não temos o direito de ser
estúpidos", declarou.
Alvaro Dias afirmou, em entrevista a jornalistas após o
evento, que se eleito pretende "melhorar" pontos da reforma
trabalhista, como a questão do trabalho insalubre de gestantes.
"Certamente teremos que melhorar essa proposta de reforma
trabalhista", disse.
Dias, no entanto, elogiou a reforma e disse que as mudanças
já reduziram o número de ações na Justiça do Trabalho.
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