quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Youtuber pago pelo MEC para defender reforma do ensino médio pede desculpa por posts racistas e preconceituosos



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 Imagem: Divulgação


O youtuber Lukas Marques, proprietário de um dos seis canais contratados pelo Ministério da Educação (MEC) para defender a reforma do ensino médio, pediu desculpas nesta sexta-feira (17) por posts antigos com conteúdo racistas e preconceituosos em seu perfil no Twitter.
As postagens na qual Lukas aborda temas como negros, mulheres e Nordeste, feitas principalmente entre 2012 e 2014, foram resgatadas por usuários da rede social após a repercussão de reportagens apontando que o canal "Você Sabia?" fez vídeo pago sobre a reforma do ensino médio. 
Após a repercussão, Lukas publicou ainda, em seu perfil no Facebook uma defesa da ação conjunta com o MEC, e também, no Twitter, pediu desculpas pelos posts antigos que foram recuperados pelos usuários da rede social.
"Sobre meus tweets antigos, eu peço desculpas. Não é como eu penso e me arrependo de ter postado. Nunca tive a intenção de ofender ninguém", escreveu o jovem. 
"Não vamos mais falar sobre esses dois assuntos. Agora é bola pra frente e fazer conteúdo legal pra todo mundo que gosta do Você Sabia", escreveu Lukas nesta tarde.
O G1 entrou em contato com a Digital Stars, agência que intermediou o contato com o MEC e que gerencia a carreira do youtuber. Até a mais recente publicação da reportagem, a empresa não tinha se pronunciado sobre o tema.
Mais cedo, o MEC havia informado que o uso de influenciadores digitais era adequado para promover o debate sobre a reforma do ensino médio. Sobre os posts de Lukas Marqs, o governo federal ressaltou que se trata de posicionamento pessoal do youtuber.
"As posições pessoais adotadas pelos youtubers são de foro privado e não refletem o pensamento do MEC e nem do Governo. Reafirmamos nosso compromisso com a educação de qualidade, com a pluralidade de pensamento e com o respeito à diversidade e às diferenças.
O MEC lamenta a tentativa de alguns setores de tentar tumultuar a discussão do novo ensino médio com falsa polêmica. A campanha institucional do ensino médio utilizou vários tipos de mídia com jornais, revistas, sites, blogs, portais e influenciadores digitais, visando a divulgação e esclarecimento sobre a reforma do Ensino Médio para público diverso e específico.
A contratação dos serviços de produção e veiculação é de responsabilidade da agência, contratada, por meio de licitação, de acordo com Lei 12.232/10."
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