By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
A menina Melyssa Braga, de 3 anos, chegou na manhã desta quarta-feira
(22) com os pais e o irmão após passar dois meses nos Estados Unidos,
onde teve retirado do rosto um tumor raríssimo e agressivo.
A família conseguiu a viagem e o tratamento em um hospital na Louisiana
(EUA) após uma grande campanha na internet. O tumor de mais de dois
quilos foi retirado no dia 20 de dezembro.
Felizes e aliviados, os pais Caroline e Manassés Braga, de 21 e 25
anos, comemoram com os familiares o retorno ao país, agora com a filha
curada e o rosto reconstituído.
“É uma sensação de felicidade, gratidão e muito alívio. Foi a situação
mais difícil que já vivemos. Agora queremos aproveitar e viver a rotina
que sempre sonhamos. Só queremos que ela seja feliz, tenha infância”,
diz a mãe. A família mora em Guarulhos.
Segundo Caroline, Melyssa se recupera muito bem e até os médicos estão
surpresos com o desenvolvimento dela. “Eles deram alta, mas recomendaram
muito cuidado. Pediram para evitar que ela corra, disseram que era
cuidado extremo. Ela já está brincando e rindo”, comemora.
A maior surpresa é que, mais uma vez contrariando as expectativas dos
médicos, Melyssa já consegue comer (os especialistas acreditavam que ela
só conseguiria fazer isso após os 16 anos). “Ela já está se alimentando
de quase tudo. Ela está se esforçando e Deus abençoando.”
Apesar de ter se adaptado bem aos Estados Unidos, Melyssa não escondeu a
felicidade em rever os avós e primos. “Quando nós dissemos para ela que
voltaríamos ao Brasil, ela disse que estava muito feliz de voltar para
casa sem o ‘dodói’.”
Como a família teve que devolver a casa de dois cômodos, em uma
comunidade de Guarulhos, na Grande São Paulo, eles ficarão durante um
tempo na casa de parentes.
Acompanhamento
Mesmo com alta, o tratamento continua. Conforme Melyssa for crescendo,
ela precisará voltar aos Estados Unidos para trocar a placa de titânio
que está substituindo os ossos da mandíbula.
“Um médico aqui no Brasil vai fazer o acompanhamento dela. Ele vai
observar e falar com o Dr Celso [médico que entrou em contato com a
família para pagar a cirurgia da Mel]. Até o ano que vem deve ter que
trocar a placa”, explica Caroline.
“Estamos com energias e forças renovadas. Quando a gente pensa que não
consegue, Deus dá fortalece e a gente vence mais um dia. Será uma nova
vida, novos aprendizados, novas experiências. Nem tudo será possível,
teremos várias provas, mas também teremos felicidade e alegria. Deus vai
nos capacitar e dar sabedoria para esta nova fase.”
Cirurgia
A cirurgia de retirada do tumor aconteceu no dia 20 de dezembro,
no hospital LSU Health Shreveport, em Louisiana, nos Estados Unidos. Os
médicos são especialistas em tumores grandes e em pescoço e cabeça. A
cirurgia durou mais de 10 horas.
Segundo Caroline, o osso do queixo foi retirado e uma placa de titânio
foi inserida. “Conforme ela crescer, eu tenho que voltar para os Estados
Unidos para refazer a cirurgia e trocar a placa”, disse.
Melyssa viajou com os pais e irmão para os Estados Unidos depois de uma
grande campanha promovida pela família na internet para arrecadar
dinheiro e buscar ajuda para o tratamento.
Moradores de uma comunidade de Guarulhos, na Grande São Paulo, Manassés
e Caroline Braga conseguiram arrecadar, com a ajuda de parentes e
amigos, R$ 80 mil. Também ganharam as passagens e ajuda para retirada do
visto especial.
Um médico brasileiro que trabalha há anos nos Estados Unidos soube do
caso de Melyssa, se interessou e entrou em contato com a família. Além
da cirurgia, o hospital também ofereceu um apartamento para que eles se
hospedem durante todo o tratamento da criança.
A doença
A família de Melyssa descobriu o câncer chamado sarcoma desmoide em
2014. Durante uma brincadeira com a filha, os pais perceberam que o
pescoço dela estava com um nódulo. Após idas e vindas ao pronto socorro
do convênio, exames, tomografias e médicos especialistas, a mãe, levou a
filha na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e lá foi constatado o
tumor.
Em uma conversa com o médico, a família soube que Mel não aguentaria os
tratamentos e que os pais deveriam decidir se ela seria operada. “Eu
perguntei se ela morreria fazendo ou não a cirurgia e ele disse que sim.
Eu não acreditava, eu chorava”, lembra a mãe.
“Eu disse que não autorizava a cirurgia. Se fosse para ela morrer de
qualquer jeito, que seja em casa, brincando, feliz, comendo. Ao meu ver
de mãe, eu optei pela qualidade de vida dela. Melhor do que ela ficar
até o último dia dentro de um hospital, sem comer, sem falar,
debilitada”, lamentou.
O médico explicou para os pais que aquele era o momento de fazer a
cirurgia, que depois não seria possível. “Eu procurei manter a calma,
pensei, repensei, mas é uma decisão difícil”, conta o pai.
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