By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: JORNAL DE LONDRINA – Imagem: Gilberto Abelha (Jornal de Londrina)
Abalos sísmicos não devem ser a causa dos tremores e estrondos registrados nos últimos dias no Jardim Califórnia(na zona leste de Londrina). Geólogos ouvidos pelo JL explicam que a cidade está localizada em uma região que poderia sentir os reflexos de uma colisão de placas tectônicas andinas. No entanto, até a tarde desta segunda-feira (14) nenhum relatório sísmico mostrava fatores de grande magnitude que justificasse os tremores sentidos da zona leste da cidade.
“Apesar de não haver qualquer indício, pedimos um relatório formal ao Centro de Sismologia da USP para compararmos os dados das estações sismográficas de Fartura, Pitanga e Itaipu para fazermos a triangulação”, explicou o professor de Geociência da Universidade Estadual de Londrina (UEL), José Paulo Pinese.
“Acho que é zero a possibilidade de que esses eventos no Jardim Califórnia sejam resultado de uma colisão de placas até porque são eventos que estão sendo relatados com certa frequência nos últimos dias”, ressalta o mestre em Geofísica Cleuber Moraes Brito.
O departamento de Geociência da UEL foi contato pela Defesa Civil de Londrina para tentar entender as causas dos tremores e estrondo do Jardim Califórnia. “A princípio não identificamos o que pode ter causado este problema. Por isso, pedimos ajuda do departamento para que, se for necessário, vá até o local para investigar mais minuciosamente as causas”, afirma o secretário de Defesa Civil, Rubens Guimarães.
No início da tarde, a Sanepar disse que descartava que as obras da companhia tivessem qualquer relação com os episódios. A assessoria de imprensa explicou que desde o início da segunda, técnicos faziam diversos testes nas bombas e na estação de abastecimento e que nada de anormal havia sido constatado.
Situação é considerada incomum
Além de não acreditar em abalos sísmicos, geólogos ouvidos pelo JL concordam ao dizer que eventos relatados pelos moradores não devem, também, ter sido causados por implosões em pedreiras ou em obras.
“A pedreira mais próxima àquele local é na saída para Tamarana. Uma explosão ali não teria capacidade de repercutir na região do Califórnia. Já as implosões corriqueiras de obras são avisadas com antecedência e ocorrem em determinados horários”, destaca Cleuber Moraes Brito. Ele pontua ainda que a região Norte do Paraná tem substrato geológico estável e que não existe qualquer falha geológica próxima que justificasse o problema.
Para o professor de Geofísica da UEL, José Paulo Pinese, uma possível explicação seria o aumento do fluxo do aquífero causado pelas chuvas dos últimos meses. “Isso é uma suposição porque não conheço em detalhes a região do Jardim Califórnia, mas o aumento do aquífero poderia aumentar o fluxo subterrâneos de fossas. Na tentativa de estabilização, de uma “acomodação”, esse problema poderia causar algum tipo de tremor”, explica.
No entanto, Pinese ressalta que não há motivo para pânico entre os moradores. “Ainda é preciso investigar melhor para encontrar as causas, mas aparentemente não é nada grave que mereça uma preocupação maior. Seria mais preocupante se houvessem, por exemplo, relatos de rachaduras ou desabamentos de edificações.”
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE
RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA
NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM
OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE
AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE



Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.