By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RPC TV – Imagem: RPC TV
A manhã desta terça ainda foi marcada por confronto entre os professores estaduais, que estão em greve e são contra a proposta do Poder Executivo, e a Polícia Militar (PM). Os servidores tentavam chegar até a Assembleia para participar da sessão, mas foram barrados por um cordão policial. A PM usou jatos d'água, bombas de efeito moral e spray de gás lacrimogêneo, deixando manifestantes feridos e com problemas para respirar.
Votação
Inicialmente, havia a previsão de que a proposta fosse votada em segundo turno nesta terça, após a primeira discussão ter aprovado o projeto com 31 votos favoráveis e 20 contrários, na segunda (27). No entanto, como foram apresentadas emendas durante a primeira votação, era preciso que a CCJ apreciasse a constitucionalidade delas antes de o texto voltar ao plenário.
Uma sessão extraordinária da CCJ foi convocada para o início da tarde de quarta (29), quando as emendas podem ser votadas. Se aprovadas, o projeto pode entrar na pauta já da sessão de quarta, que começa às 14h30. Segundo o presidente da Alep, Ademar Traiano (PSDB) o projeto será analisado até quinta-feira (30), no mais tardar.
Liminar
Mais cedo, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (App - Sindicato) conseguiu uma liminar na Justiça para poder acompanhar a sessão plenária da Assembleia Legislativa (Alep) desta terça. Eles foram impedidos de entrar nas galerias da Casa na sessão que aprovou o projeto em primeiro turno, através de um cordão policial montado em frente ao prédio do Legislativo.
"(...) Defiro liminarmente e preventivamente, a suspensão de qualquer eventual proibição da ALEP, que impeça a entrada dos pacientes nas galerias do plenário durante a votação do projeto de Lei n. 252/2015, ressalvada a capacidade máxima de público comportada pelas galerias", determinou o juiz Márcio José Tokars.
Mesmo com a liminar, os professores foram impedidos de entrar na Assembleia nesta terça. Segundo o presidente da Casa, Ademar Traiano, a interpretação dada à decisão é de que ela vale apenas para o período da votação do projeto da previdência, o que não foi o caso da sessão de hoje.
Sem diárias
A Associação de Praças do Estado do Paraná (Apras) afirmou que policiais militares de Maringá, que foram para Curitiba reforçar o policiamento ao redor da Assembleia Legislativa, precisaram sair do hotel onde estavam hospedados porque a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) não pagou as diárias até esta terça-feira (28).
Conforme o presidente da Apras, Fontana Neto, 48 soldados que estavam em um hotel em Curitiba precisaram pagar a hospedagem com dinheiro próprio, porque o governo do estado não havia depositado as diárias de viagens.
A Secretaria Estadual da Fazenda informou que fez na segunda-feira (27) a liberação dos recursos para o pagamento de todas as diárias dos policiais militares que participam do esquema de segurança em Curitiba. A secretaria disse ainda que os cartões corporativos serão carregados nesta terça-feira (28).
Proposta
A proposta, apresentada pelo governo estadual, sugere que 33.556 beneficiários com 73 anos ou mais sejam transferidos do Fundo Financeiro, que é arcado com pelo Tesouro estadual, para o Fundo Previdenciário, constituído a partir de contribuições dos servidores e do poder público.
O governo afirma que o Fundo Previdenciário está capitalizado em mais de R$ 8,5 bilhões em investimentos. O Executivo argumenta ainda que esta migração proporcionará uma economia de R$ 125 milhões, por mês, com o pagamento de benefícios. Valor significativo para o cenário de dificuldade financeira vivido pela administração estadual.
O projeto prevê que o Fundo Previdenciário terá ainda o aporte de R$ 1 bilhão a partir de 2021, com o reinício de repasse ao Estado dos royalties da usina de Itaipu, que garantiria a solvência do sistema por pelo menos 29 anos.
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