By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Edilson Kernicki (Rádio Najuá) – Imagem: Divulgação
No feriado de Tiradentes, se completaram oito anos da saudosa memória de
Nagib Harmuch. A passagem dele deixou mais que momentos para serem
recordados. A trajetória de sua vida se mistura à história de Irati.
Primeiro atuou como locutor na pioneira Rádio Difusora de Irati. Depois,
com grande dedicação e amor à cidade natal, não só deu vida aos seus
sonhos, como encontrou a fórmula de por o seu negócio a favor da
sociedade: dar voz ao povo. Sua convicção e determinação na criação da
Rádio Najuá foi tão forte que vale até os dias de hoje.
“Ele fez isso tão bem, que conseguimos levar hoje, as duas emissoras seguindo sempre a mesma filosofia”, comenta Jussara Harmuch, filha e atual diretora das rádios Najuá AM e FM. Os meios mudaram e, com o avanço da tecnologia, novas maneiras de receber conteúdo se constituíram, contribuindo para disseminar o que Nagib idealizou há mais de 36 anos. “Eu me pergunto o que diria meu pai se tivesse ouvindo comigo a Najuá, perfeitamente, no som do carro em Curitiba, só que através da internet. Hoje temos site mobile e aplicativos para que o ouvinte tenha informação e áudio da Najuá na ponta dos dedos, a qualquer momento, em Irati ou em qualquer outro lugar que esteja”.
As inovações não desviaram do objetivo. “Nossa equipe é maior hoje, oferecemos a informação em diversos formatos e procuramos nos fazer presente em tudo que interfere na vida do cidadão. Acertamos, erramos e corrigimos. Mas temos a certeza, eu e os funcionários que fazem o rádio aqui pela Najuá, que somos iluminados por ele. E é isso que nos dá segurança. Tenho orgulho do que ele representou e agradeço por ter nos deixado este grande legado”.
Ex-funcionário relembra histórias engraçadas de Nagib
“Ele fez isso tão bem, que conseguimos levar hoje, as duas emissoras seguindo sempre a mesma filosofia”, comenta Jussara Harmuch, filha e atual diretora das rádios Najuá AM e FM. Os meios mudaram e, com o avanço da tecnologia, novas maneiras de receber conteúdo se constituíram, contribuindo para disseminar o que Nagib idealizou há mais de 36 anos. “Eu me pergunto o que diria meu pai se tivesse ouvindo comigo a Najuá, perfeitamente, no som do carro em Curitiba, só que através da internet. Hoje temos site mobile e aplicativos para que o ouvinte tenha informação e áudio da Najuá na ponta dos dedos, a qualquer momento, em Irati ou em qualquer outro lugar que esteja”.
As inovações não desviaram do objetivo. “Nossa equipe é maior hoje, oferecemos a informação em diversos formatos e procuramos nos fazer presente em tudo que interfere na vida do cidadão. Acertamos, erramos e corrigimos. Mas temos a certeza, eu e os funcionários que fazem o rádio aqui pela Najuá, que somos iluminados por ele. E é isso que nos dá segurança. Tenho orgulho do que ele representou e agradeço por ter nos deixado este grande legado”.
Ex-funcionário relembra histórias engraçadas de Nagib
Em entrevista à equipe da Najuá, Vicente contou algumas histórias curiosas do quadro "Hora do Povão" |
A
reportagem da Najuá conversou com um dos primeiros funcionários da
rádio, Vicente Lourenço de Sousa, que hoje é vice-prefeito do município
de Porto Amazonas, e esteve em Irati durante o feriado. Hoje com 54
anos, considera Nagib Harmuch como um segundo pai, pois começou a
trabalhar na Najuá antes de completar 18 anos. “Se for pesquisar nos
livros na Najuá, eu fui o primeiro a ser registrado e comecei como
operador de áudio, depois passei a gerente”, destaca orgulhoso.
Vicente falou do humor do ex-patrão e relembrou algumas histórias bem
engraçadas. Duas delas se passaram dentro do programa Meio Dia em
Notícias. Um ouvinte assíduo, Valdemar Laranjeira, muito popular na
região, foi dar o seu alô na “Voz do Povão”. “Toda segunda-feira ele
[Valdemar] vinha agradecer que vendia suas laranjas no interior do
município de Irati. Uma vez ele chegou aqui no Meio Dia em Notícias, no
horário de visitas, e falou para o Nagib, que era o entrevistador das
pessoas que vinham visitar a Najuá, que tinha uma reclamação a fazer,
mas que não queria falar. ‘Mas como vamos fazer a reclamação, se você
não quer falar?’ insistiu o Nagib. E o Valdemar contou. Não vou aqui
dizer as palavras que ele usou”, conta dando gargalhadas. Valdemar tinha
vendido frutas na comunidade de Assungui, que hoje pertence ao
município de Fernandes Pinheiro, e deixou lá o burrinho que puxava sua
charrete. Os meninos, numa brincadeira impensada, acabaram empalando o
animal, o que revoltou Valdemar, que ficou um tanto sem jeito de contar o
fato.
Outra história curiosa foi quando Nagib entrevistava uma pessoa do interior. “Ele ia perguntando o nome, de onde era e qual o recado. Daí o rapaz se apressou e foi logo passando o aviso para o seu pai, que não tinha carta e estava vindo buscá-lo, para que ele não viesse dirigindo o jipe, porque a polícia estava na estrada”, relembrou, mostrando a ingenuidade do povo do interior.
Nagib sempre zelou pela qualidade
Profissionais de renome no rádio paranaense foram contratados no início das transmissões da Najuá, como Odenir Ramos e Manuel Orlando, que antes trabalhava na televisão; Antonio Miguel – Formigão (in memoriam) e Marcelo Martins, que hoje atua em Curitiba.
Vicente lembra que Marcelo Martins desempenhava seu trabalho representando dois personagens diferentes. Ele trocava de vozes, fazendo parecer que se tratava de duas pessoas distintas. “Compadre Abelardo tinha sotaque sertanejo e fazia o programa bem cedinho. De tarde ele voltava com a sua voz normal fazendo um programa musical”.
Nos anos 70, o rádio era operado através de discos de vinil, gravador de fita K7 e gravador de rolo, Akai, que à época era uma inovação. E foi através deste aparelho que surgiu o Bonequinho Najuá, criado por outro operador, João Batista. “A voz era modificada no gravador Akai, que tinha duas rotações: ¾ e 7 ½. O bonequinho surgiu de uma simples brincadeira. O João Batista enrolou no rolinho e alterava a rotação. E surgiu esse bonequinho, que no início era o Manuel Orlando [dono da voz mais grave da emissora] que gravava”, lembra.
“Trabalhávamos com prato de disco de um lado e prato de disco de outro lado. O locutor anunciava a música e você tinha que ser muito bom para colocar no início da música. Hoje a tecnologia é totalmente diferente: dá um clique no mouse e troca a música”, compara.
Foram muitas as vezes que Nagib se deslocou à São Paulo para comprar discos na loja Az de Ouro. “Eu fui com ele em uma das vezes e adquirimos uma verdadeira preciosidade que faz parte do acervo da rádio: a coleção completa de discos dos Beatles. Na época, a maioria dos discos era comprada”, destacou Vicente.
Outra história curiosa foi quando Nagib entrevistava uma pessoa do interior. “Ele ia perguntando o nome, de onde era e qual o recado. Daí o rapaz se apressou e foi logo passando o aviso para o seu pai, que não tinha carta e estava vindo buscá-lo, para que ele não viesse dirigindo o jipe, porque a polícia estava na estrada”, relembrou, mostrando a ingenuidade do povo do interior.
Nagib sempre zelou pela qualidade
Profissionais de renome no rádio paranaense foram contratados no início das transmissões da Najuá, como Odenir Ramos e Manuel Orlando, que antes trabalhava na televisão; Antonio Miguel – Formigão (in memoriam) e Marcelo Martins, que hoje atua em Curitiba.
Vicente lembra que Marcelo Martins desempenhava seu trabalho representando dois personagens diferentes. Ele trocava de vozes, fazendo parecer que se tratava de duas pessoas distintas. “Compadre Abelardo tinha sotaque sertanejo e fazia o programa bem cedinho. De tarde ele voltava com a sua voz normal fazendo um programa musical”.
Nos anos 70, o rádio era operado através de discos de vinil, gravador de fita K7 e gravador de rolo, Akai, que à época era uma inovação. E foi através deste aparelho que surgiu o Bonequinho Najuá, criado por outro operador, João Batista. “A voz era modificada no gravador Akai, que tinha duas rotações: ¾ e 7 ½. O bonequinho surgiu de uma simples brincadeira. O João Batista enrolou no rolinho e alterava a rotação. E surgiu esse bonequinho, que no início era o Manuel Orlando [dono da voz mais grave da emissora] que gravava”, lembra.
“Trabalhávamos com prato de disco de um lado e prato de disco de outro lado. O locutor anunciava a música e você tinha que ser muito bom para colocar no início da música. Hoje a tecnologia é totalmente diferente: dá um clique no mouse e troca a música”, compara.
Foram muitas as vezes que Nagib se deslocou à São Paulo para comprar discos na loja Az de Ouro. “Eu fui com ele em uma das vezes e adquirimos uma verdadeira preciosidade que faz parte do acervo da rádio: a coleção completa de discos dos Beatles. Na época, a maioria dos discos era comprada”, destacou Vicente.
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