By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Rádio Najuá – Imagem: Josué Teixeira (Gazeta do Povo)
A situação da Econorte é a mais próxima de um desfecho. O acordo prévio chegou à Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para ser analisado. São os advogados do governo que dirão se a proposta está dentro da legalidade e adequada aos interesses do Estado. Na conta, foi considerado, entre outros aspectos, que a empresa ficou muito tempo sem receber reajustes a que tinha direito (e que pararam na Justiça) e que, quando foi obrigada a mudar uma praça de pedágio no Norte do Paraná, ficou quase um ano sem arrecadar a tarifa.
Os cálculos feitos em conjunto pela empresa e pelo governo indicaram que era necessário fazer um “aporte financeiro” para bancar os prejuízos. Sendo assim, o governo decidiu, por ora, que, para não onerar o usuário com uma tarifa mais alta, vai usar o dinheiro público para pagar a conta.
A decisão ainda está sendo avaliada e pode ser revista.
Sinal de alertaO diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), Nelson Leal Júnior, reforça que a intenção de fazer um pagamento anual para compensar prejuízos de concessionárias seria uma forma de evitar uma dívida bilionária (e impagável) no fim do contrato, em 2022. Ele alega que a negociação foi conduzida com boa vontade e coragem para enfrentar os problemas que foram se acumulando ao longo do tempo. “Houve empenho para arrumar a casa”, diz Leal Júnior.
A proposta do termo aditivo, que está sendo redigida, ainda deve voltar várias vezes às mãos de advogados e técnicos – do governo e das concessionárias – antes de ser assinada. Foram dezenas de reuniões em que, ponto a ponto, cada aspecto dos contratos, obras e serviços realizados nos últimos anos foi avaliado. Leal Júnior acredita que os três demais acordos com as concessionárias devem ser enviados à PGE no prazo de um mês. A Ecovia também teria direito a ressarcimento, mas o valor ainda não foi determinado. A forma de pagamento, que deveria ser em espécie, tampouco foi definida.
Passos lentos
Negociação de pedágio patina e não sai antes da eleição
A renegociação dos contratos do sistema estadual de pedágio se arrasta há três anos, sem nenhuma perspectiva de ser concluída em 2014. A menos de seis meses da eleição para governador, a tentativa de reduzir tarifas e ampliar a quantidade de obras nas rodovias segue a passos lentos. Qualquer acordo fechado em âmbito estadual precisa ter o aval do governo federal, que analisaria pormenorizadamente cada aspecto da negociação. E a população também precisa ser consultada, na forma de audiências públicas.
A proximidade da eleição traz incertezas sobre os rumos do Paraná. Fontes consultadas pela Gazeta do Povo – que aceitaram contar bastidores da negociação desde que não fossem identificadas – relatam que dificilmente os empresários aceitarão abrir mão da segurança jurídica dos contratos atuais, que não foram derrubados na Justiça mesmo com várias investidas anteriores.
O diretor-regional da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), João Chiminazzo Neto, declara que ainda acredita na perspectiva de um acordo. “A conversa está bem avançada, mas não está em ponto de ser divulgada porque não está concluída. As discussões terminaram, mas os processos não estão prontos”, diz.
José Alfredo Gomes Stratmann, presidente interino da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Paraná (Agepar), reconhece que a negociação demorou demais. Oficialmente, até o momento, nada sobre o acordo chegou até a agência, que precisa avaliar o material e dizer se concorda com as propostas. “Vamos fazer uma análise criteriosa, o que não quer dizer que será demorada”, afirma.
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS
IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU
CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.