By: INTERVALO DA
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O ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, disse que a mudança no cálculo do piso nacional do
magistério precisa ser feita em 2013 e instou deputados e senadores a
votar as propostas em tramitação no Congresso Nacional. Atualmente, o reajuste se dá pela
variação integral do índice do Fundeb, o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica, considerando os dois exercícios
anteriores. Este ano, o reajuste foi de quase 8% para professores do
ensino básico da rede pública, passando para mil 567 reais. No ano
passado, chegou a 22%. Durante encontro de prefeitos em Brasília,
Mercadante afirmou que, da forma como está, o reajuste tensiona demais
as finanças municipais e estaduais. "A posição do MEC é que o piso precisa continuar crescendo de forma
sustentável e progressiva, para a gente atrair bons profissionais para a
sala de aula. Se nós não tivermos bons salários, nós não vamos atrair. A
melhor forma de nós darmos um salto também nessa discussão são os
royalties do petróleo. Se nós tivermos recursos dos royalties, nós vamos
resolver o problema do financiamento, inclusive salarial dos
professores." Uma proposta do Executivo em tramitação
na Câmara (PL 3776/08) troca o índice atual pela variação do INPC.
Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo
Ziulkoski, a mudança não atende às necessidades dos governos estaduais e
municipais. "A lei do piso é muito mais ampla do que
pagar os mil quinhentos e poucos reais. Ela impõe transferir para todos
os aposentados o mesmo valor, ela retroage a 2009, ela tira 1/3 do
professor de sala de aula. A LDB diz que tem que ter quatro horas por
dia; portanto, tem que empregar mais. Nós temos um milhão de professores
nas prefeituras do Brasil, nós temos que empregar 330 mil a mais." Já os professores não concordam com a
reposição apenas pela variação da inflação medida pelo INPC porque, na
prática, isso significa não ter qualquer ganho real. Por isso, no ano
passado, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação, a União
Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação e entidades estudantis
apresentaram ao presidente da Câmara, Marco Maia, uma proposta
alternativa. A sugestão é para que o índice seja calculado com base no
INPC, mais 50% da variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno do
Fundeb. O projeto do Executivo para que o piso
nacional do magistério seja corrigido apenas pelo INPC chegou a ser
aprovado pela Câmara e pelo Senado. Mas aguarda análise de recurso para
que seja apreciado pelo Plenário da Câmara. Enquanto isso, outros
projetos de iniciativa de deputados para a mudança do cálculo de
reajuste tramitam nas comissões da Casa. Para o ministro da Educação,
Aloízio Mercadante, a lei será tanto melhor se ela for pactuada entre
prefeitos, governadores e professores.
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