Alvaro Dias (PSDB) e Gleisi Hoffmann (PT) animaram o ambiente soporífero do Senado hoje à tarde. Os paranaenses entraram em uma longa discussão sobre a relação entre a presidente Dilma e o Congresso Nacional.
Tudo começou com um discurso do tucano, em tom de denúncia, baseado em uma matéria publicada hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo. O texto relata um desabafo de Dilma ao presidente português Cavaco Silva, durante viagem desta semana a Portugal.
Dilma teria dito que “tem um problema sério de maioria” no Parlamento, o que força negociações “caso a caso”, como na votação do salário mínimo.
Alvaro interpretou as declarações como graves e ligou-as ao escândalo do mensalão.
“É uma denúncia que tem que ser considerada, não pode ser esquecida e tem que ser explicada. Revela a barganha para aprovação de projetos, ou seja, a existência do chamado balcão de negócios. Isso se constitui na manutenção de algo deplorável que é a relação de promiscuidade do Executivo com o Legislativo, que se verificou nos últimos anos no Brasil, culminando com o grande escândalo do mensalão. Nós imaginávamos poder comemorar o fim desse estágio de desrespeito à instituição e ao povo brasileiro.”
“É uma denúncia que tem que ser considerada, não pode ser esquecida e tem que ser explicada. Revela a barganha para aprovação de projetos, ou seja, a existência do chamado balcão de negócios. Isso se constitui na manutenção de algo deplorável que é a relação de promiscuidade do Executivo com o Legislativo, que se verificou nos últimos anos no Brasil, culminando com o grande escândalo do mensalão. Nós imaginávamos poder comemorar o fim desse estágio de desrespeito à instituição e ao povo brasileiro.”
Gleisi não deixou por menos:
“Acho que tem que esclarecer esta Casa e este Plenário, qual é a denúncia concreta que o Senador traz aqui? Ele tem que apontar nomes, fatos e datas e trazer a este Plenário um esclarecimento. Senão, vou ter aqui que avaliar o posicionamento do Senador ou sua denúncia, e não quero fazer isso porque conheço sua trajetória em meu Estado , como uma posição de leviandade. Nós não podemos usar a tribuna, fazer um discurso genérico e dizer que aqui está todo mundo envolvido em situação de negociação e que nossa Presidente faz negociação com esta Casa de maneira escusa.”
A discussão prosseguiu e chamou a atenção dos jornalistas que estavam no comitê de imprensa do Senado, mas nem prestavam atenção à sessão. Ao final, porém, não houve mortos nem feridos. “Teve repercussão porque estava tudo muito tranquilo”, disse Alvaro. Já Gleisi admitiu que novos embates virão. “O parlamento é lugar de discussão, faz bem para a democracia.”
Texto: GazetadoPovo – foto: 4GazetadoPovo
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