Aquilino Romani pediu licenciamento do cargo de presidente do Paraná na manhã desta quarta-feira (27). A decisão foi anunciada em entrevista coletiva realizada na sede social do clube. Aramis Tissot, 1º vice-presidente da atual gestão, vai assumir o cargo.
A forte pressão sobre a diretoria depois do rebaixamento do Tricolor no Paranaense colaborou para a decisão de Romani. “Em nenhum momento, ninguém da diretoria queria aceitar isso [pedido de licença], mas eu sempre penso na instituição Paraná Clube e eu tenho respeito à minha família e à minha empresa. A gente tem que ser inteligente o suficiente”, declarou o dirigente. “As mudanças que estão ocorrendo são necessárias. O presidente está sob uma pressão muito grande: pessoal, profissional, familiar, do ponto de vista de saúde...”, completou o presidente do Conselho Normativo do Paraná, Luiz Carlos de Souza.
O mandatário garantiu que o afastamento será temporário e que ele pode voltar ao cargo no segundo semestre do ano. “No momento que achar que for necessário, que a diretoria achar que for conveniente a volta, estou voltando. Pode ter certeza que não vai ser só em novembro”, afirmou, lembrando do mês em que serão realizadas as eleições presidenciais no clube. “Não estou deixando o Paraná. Estou junto com a diretoria e vou trabalhar mais do que trabalhei nestes sete anos e meio que estou aqui”, emendou.
Invest Esporte
Romani aproveitou a coletiva para se defender do conteúdo publicado em reportagens da Gazeta do Povo que mostram que o presidente é sócio da Invest Esporte, empresa gerencia a carreira de alguns jogadores do Tricolor. O dirigente, segundo documento colhido pelo jornal na Junta Comercial, tem 20% do capital social da Invest.
“Não existe conflito ético, pois em nenhum momento tive interesse em ganhar dinheiro com isso. Existem diretores de outros clubes que tem jogadores também, então eu não tenho preocupação porque fiz para ajudar o clube, simplesmente por isso”, argumentou o dirigente.
Kelvin
O presidente do Conselho Deliberativo paranista, Benedito Barboza, questionou o valor dos rendimentos relativos à venda de Kelvin para o Porto, de Portugal. Ele é um dos jogadores que tinha direitos ligados à Invest Esporte. Baseado em declaração do próprio Barboza (ouça a gravação abaixo), a reportagem publicou que a venda da revelação aos portugueses teria rendido ao todo cerca de R$ 7 milhões.
Como a participação da empresa nos direitos de Kelvin seria de 30% – mais 25% que foram adquiridos com Marlo Litwinski, ex-sócio da Base, parceira do Tricolor na administração do CT Ninho da Gralha – o valor da transferência para o clube europeu seria suficiente para quitar todo o aporte financeiro feito pela Invest no Paraná. A empresa repassou ao clube entre R$ 1 milhão e R$ 2 milhões para o pagamento de dívidas.
“Eu não falo em números, não falo sobre aquilo que não é da minha competência. O valor da multa não é de R$ 7 milhões; nunca foi isso. Se eu falei que foi vendido, falei que foi pelo valor da multa”, disse Barboza, negando a declaração concedida anteriormente para a Gazeta do Povo.
Segundo o vice-presidente de finanças do Paraná, Celso Bittencourt, a venda de Kelvin teria rendido R$ 4,8 milhões. Como os direitos do jovem atacante estão fatiados, o Tricolor teria recebido uma primeira parcela de R$ 700 mil relativa à venda. Outra parte, com o mesmo valor, deve cair nos cofres paranistas em junho, de acordo com o vice financeiro.
Texto: GazetadoPovo – Foto GazetadoPovo
Programa Intervalo no Esporte (18:00 as 19:00 hrs) – Radio Cidade – www.cidade104fm.com.br
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