quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Bebê que nasceu com quatro rins: Entenda como acontece malformação considerada rara no mundo

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 Imagem: Divulgação
A pequena Isis Eloah Ferreira Alves, de 1 ano e 1 mês, precisou passar por diversas internações depois de ter nascido de forma prematura e com quatro rins. Para entender melhor sobre a malformação que fez a menina nascer com quatro rins, o g1 falou com o urologista-pediátrico Hélio Buson, que explicou que esta se trata de uma condição rara no mundo
O caso de Isis é conhecido na medicina como “rins supranumerários”. Ao g1, o urologista-pediátrico, que é chefe do setor de urologia do Hospital da Criança de Brasília (HCB) e que cuida do caso da menina, explicou que existem cerca de 100 casos documentados na literatura médica mundial até hoje.  Entenda a condição
O médico Hélio Buson explicou que a malformação se dá na gestação, durante a formação dos rins. Por uma questão ainda não muito bem descoberta, pode ocorrer o desenvolvimento de mais de um rim de cada lado. 
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“O rim é um órgão que é formado a partir de um broto, que surge do lado da bexiga. Esse brotinho vai estimular um tecido que está do lado da bexiga e se transformar em um rim. Esse broto pode ser duplicado e, a partir daí, formar um rim com dois tubos, que vão drenar esse rim ou dois rins”, explica.
Hélio Buson afirma que ter vários rins não apresenta anormalidade para o corpo. Sendo assim, eles podem passar despercebidos ao longo da vida e só serem notados na vida adulta, ou até nunca serem detectados. São rins com funcionamento normal.
“As pessoas vão dizer: ‘bom, mas esses rins podem dar algum problema no futuro?’. Pode, mas também pode não acontecer absolutamente nada. Então, é necessário um acompanhamento clínico por um longo espaço de tempo, muitos anos, provavelmente até ela virar adulta”, orienta o médico. 
Segundo a mãe, Thalia Silva Alves, de 21 anos, a gravidez de Isis não foi planejada e que o pai biológico nunca quis se envolver na criação da menina. Por ter nascido prematura, a bebê precisou imediatamente ser levada para uma incubadora. Até então, a equipe médica do Hospital de Sobradinho (DF) suspeitava que ela tinha nascido com apenas um rim.  
Thalia ainda explica que, após o nascimento, Isis foi transferida para o Hospital da Criança José Alencar (DF), onde os médicos descobriram que, na realidade, existiam grandes chances da menina ter nascido com mais rins que o normal. Aos cinco meses de idade, durante uma cirurgia, os médicos confirmaram que ela tinha nascido com quatro rins. 
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Retirada de um dos rins
A urologista pediátrica Larissa Marinho, que também participa do caso de Isis, relata que um dos rins da menina teve uma obstrução, em que muita urina ficou acumulada. Com isso, o órgão aumentou de tamanho e se transformou em uma "massa abdominal", comprimindo outros órgãos, como o estômago e intestino, dificultando a alimentação. 
“Nós constatamos por meio de exames que esse rim, além de obstruído, já não funcionava como rim, ou seja, não filtrava mais o sangue. Por isso, chegamos à conclusão de que esse rim deveria ser retirado”, lembra a médica.
Apesar do medo da mamãe, a pequena Isis lutou bravamente e resistiu. Segundo a mãe, depois da retirada do órgão, a menina não teve mais complicações renais. “No momento ela está estável da função renal, apenas tem algumas outras complicações causadas pelo o tempo de intubação, pois nasceu prematura”, relata Thalia.
Por ter nascido prematura e ficado muito tempo em sedação, Isis tem um pulmão bem frágil, segundo a mãe. 
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Por isso, toda gripe que contrai acaba se transformando em uma pneumonia, sendo necessária a internação.
Segundo Hélio Buson, após a cirurgia, o quarto rim de Isis foi encaminhado para estudo. O especialista explica que o órgão não pode ser doado, pois nesse caso, a vascularização é diferente do esperado e pode causar problemas no corpo que o recebesse.
“Quando você tem rins supranumerários os vasos sanguíneos não são totalmente normais. Então, pegar um rim de uma pessoa que tem esse tipo de malformação e doar para um outro, você iria provocar um problema muito grande para quem vai receber esse rim. Ele não tem vasos sanguíneos que possam ser facilmente aproveitados para fazer um transplante”, explica o urologista-pediátrico. 

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