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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: DivulgaçãoO Supremo Tribunal Federal (STF) formou neste domingo (1º) maioria para condenar mais cinco réus pelos atos golpistas de 8 de janeiro.
O julgamento ocorre no plenário virtual, ambiente eletrônico no qual os ministros depositam seus votos por escrito.
Ainda não há maioria para estabelecer o tempo de prisão dos condenados. O julgamento termina no fim desta segunda-feira (2).
- Davis Baek
- João Lucas Vale Giffoni
- Jupira Silvana da Cruz Rodrigues
- Moacir José dos Santos
- Nilma Lacerda Alves
Votaram pelas condenações os ministros:
- Alexandre de Moraes
- Edson Fachin
- Rosa Weber
- Dias Toffoli
- Cristiano Zanin
- Gilmar Mendes
Moraes, relator do caso, votou por condenações que variam de 12 a 17
anos. Cada conduta é analisada individualmente. Outros quatro ministros
acompanharam Moraes sobre o tamanho da pena. Como o STF é formado por 11
ministros, a maioria é formada a partir de seis votos.
O ministro fez um voto individual para cada um dos acusados. Nos votos,
Moraes afirmou que a "resposta estatal não pode falhar quanto à
observância da necessária proporcionalidade na fixação das reprimendas".
"Como já assinalado, a motivação para a condutas criminosas visava o
completo rompimento da ordem constitucional, mediante a prática de atos
violentos, em absoluto desrespeito ao Estado Democrático de Direito, às
Instituições e ao patrimônio público."
- abolição do Estado Democrático de Direito;
- dano qualificado;
- golpe de Estado;
- deterioração do patrimônio tombado;
- associação criminosa.
Antes desses cinco réus, o Supremo já havia condenado três pelos atos golpistas, em penas que variam de 14 a 17 anos.
Os réus
Veja quem são os cinco réus em relação aos quais o STF formou maioria pela condenação neste domingo:
- Davis Baek
Baek tem 41 anos, é morador de São Paulo e foi preso na Praça dos Três
Poderes. A polícia registrou que ele foi preso portando dois rojões não
disparados, munições de gás lacrimogêneo, balas de borracha, uma faca e
dois canivetes.
O réu disse que é cristão e que estava no acampamento montado em frente
ao QG do Exército, em Brasília. Ele é considerado executor e incitador
dos atos golpistas.
A defesa pediu a absolvição dele, já que as testemunhas ouvidas pelo
STF constatam que ele "não praticou qualquer conduta relacionado à grave
ameaça e nem mesmo praticou qualquer ato de violência", como também não
há menções a destruição de patrimônio público.
Moraes propôs pena de 12 anos, com a absolvição de Baek nas acusações
de dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado. Ele continua
preso.
- João Lucas Valle Giffoni
Giffoni tem 26 anos, é morador de área nobre de Brasília e foi preso
após invasão do Congresso. É acusado de participar de um grupo que
invadiu o Congresso para depredar as instalações, quebrando vidraças,
móveis, computadores, obras de arte e câmeras de circuito fechado de TV.
No interrogatório, Giffoni disse que participava de uma manifestação
pacífica, que achava que seria uma ação patriota e que não praticou
violência.
Ele afirmou ainda que ingressou no Senado para se proteger de bombas
lançadas pela polícia e que, por lá, tinham pessoas cantando e orando.
Giffoni também disse que não tinha intenção de dar golpe ou depor o
governo eleito, já que não possui preferência político-partidária. A
defesa pede absolvição.
Para ele, Moraes propôs pena de 14 anos.
- Jupira Silvana da Cruz Rodrigues
Jupira tem 57 anos, é servidora pública aposentada e moradora de Betim
(MG). Ela foi presa no interior do Palácio do Planalto. A Polícia
Federal (PF) encontrou material genético dela em uma garrafa esquecida
no local.
A defesa pede a absolvição. Os advogados dizem que ela não participou
de qualquer destruição ou depredação, sendo que nada foi apreendido com
ela.
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Afirmam ainda que a PGR não conseguiu comprovar a participação dela
nos crimes denunciados.
Moraes propôs pena de 14 anos para a investigada.
- Moacir José dos Santos
Santos tem 52 anos, é de Cascavel (PR) e foi preso após invasão do
Palácio do Planalto. A PF encontrou material genético dele em objetos no
Planalto, além de vídeos e fotos da destruição no celular dele.
Ele contou que foi a Brasília em um ônibus fretado com mais de 60
pessoas e que buscava um Brasil melhor, sendo defensor das escrituras
sagrada.
A defesa alega que ele só entrou no Planalto por instinto e para se
proteger de bombas lançadas pela PM, sendo que os próprios policiais
acenavam para que os manifestantes entrassem no prédio.
Além disso, a defesa pede a absolvição, já que ele não cometeu nenhum
fato delituoso, não se associou a ninguém e nem estava armado.
No entanto, Moraes propôs pena de 17 anos para o acusado.
- Nilma Lacerda Alves
Nilma tem 47 anos, é moradora de Barreiras (BA) e foi presa no Palácio
do Planalto. A PGR diz que ela integrou um grupo que destruiu obras de
arte e bens públicos no Planalto.
A defesa afirma que "não há provas que sustentam as alegações trazidas
no processo, sequer indícios contundentes foram juntados". Os advogados
dizem ainda que, até o momento, não foi indicada uma conduta específica
da denunciada, devendo o "presente processo ser imediatamente
arquivado".
Moraes propôs pena de 14 anos.
- Reginaldo Carlos Beagiato Garcia
Também estava previsto o julgamento do réu, mas o caso dele foi retirado da análise no plenário virtual.
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