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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
Mãe do menino, Letícia Martins Rodrigues afirma que o filho começou a
apresentar febre alta na segunda-feira (14). Como a criança não estava
bem e a família toda tinha sintomas de gripe, Letícia procurou
atendimento em um posto de saúde. João Guilherme foi medicado e mandado
para casa.
Segundo Letícia, apesar da medicação, a febre alta persistiu e ela
voltou a procurar atendimento na terça-feira (15). No mesmo dia, a mãe
dela testou positivo para Covid.
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Na quarta-feira, o estado de saúde de João Guilherme se agravou, e
Letícia levou o filho ao posto de saúde perto da casa da família. De lá,
o menino foi encaminhado para a Santa Casa, onde chegou com sinais de
convulsão.
“Meu filho estava pelando de febre. Ontem de manhã, na hora do almoço,
eu vi que meu filho não estava bem, ele estava entortando. Eu corri com
ele para o posto de saúde mais próximo de casa e ele estava
convulsionando.”
Teste de Covid
De acordo com a mãe, só na Santa Casa os médicos testaram a criança para Covid-19 e o resultado do exame deu positivo.
“Os médicos [da Santa Casa] fizeram de tudo para salvar meu filho, mas chegou um ponto que não teve mais o que fazer.”
João Guilherme morreu na madrugada desta quinta-feira. O corpo dele foi
levado em um cortejo que partiu da Santa Casa direto para o cemitério
de Barretos, onde foi sepultado.
Letícia acredita que se o filho tivesse feito exame antes, o quadro poderia ter disso diferente.
“Desde segunda-feira, a família inteira em casa estava ruim da gripe.
Minha mãe testou positivo e, na terça, quando eu voltei ao médico, eu
disse que minha mãe tinha testado positivo. Se tivesse feito o teste de
Covid nele, não agravaria como agravou. Só minha mãe fez o teste,
ninguém mais aqui de casa.”
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O secretário de Saúde de Barretos,
Cleber Rosa, lamentou a morte da criança e afirmou que o protocolo
aplicado seguiu o que estabelece a Organização Mundial de Saúde (OMS).
“O protocolo que foi executado é o protocolo que a própria OMS
recomenda. A criança não tinha comorbidades, e a grande maioria das
crianças não evolui como estatística ruim. A conduta médica, a gente tem
a comprovação. Foi feita a prescrição, a dispensação da medicação, que é
uma conduta clínica que estava tratando a Covid, inclusive
independentemente de um teste positivo ou não. A criança recebeu o
antibiótico, o corticoide, o antitérmico, não tinha o que fazer além do
que foi feito.”
Cleber Rosa disse que desde novembro de 2021, João Guilherme passava
por atendimento médico com episódios de infecção, e que o coronavírus
pode ter sobrecarregado o organismo já vulnerável da criança.
“O pulmão já estava bem comprometido, um quadro que no ano passado a
gente via muito em idoso, uma doença mais sistêmica dos órgãos que
acometia mais idosos. Infelizmente, essa criança teve esse mesmo
desenvolvimento, ela teve uma tempestade de citocina onde o sistema
imunológico dela reagiu demais ao vírus, gerou uma inflamação no
coração, comprometendo o fluxo de ejeção, que levou à falência múltipla
dos órgãos.”
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