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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR – Imagem: DivulgaçãoUm adolescente de 17 anos, suspeito de participação nas mortes de Luana Lopes Teles, de 17 anos, e Cintia Marques da Silva, de 23 anos,
disse à Polícia Civil que ambas foram mortas após terem se recusado a
fazer sexo com o homem de 24 anos, que também é suspeito do crime.
A informação do que disse o suspeito é da Polícia Civil de Piraí do Sul, nos Campos Gerais, que investiga o caso.
De acordo com o delegado Jairo Duarte de Camargo, além do homem de 24
anos, identificado como Rafael Ribeiro Abreu, e do jovem de 17 anos, um
adolescente de 13 anos também é investigado .
Um vídeo de uma câmera de segurança mostra o momento em que as vítimas
entram no carro de Rafael, suspeito de ter matado ambas. O registro é de
um posto de gasolina nas margens da PR-151.
Os corpos de Luana e Cintia foram encontrados em uma mata nesta quinta
(17).
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Elas eram consideradas desaparecidas desde o sábado (12). O crime
teria ocorrido no domingo (13).
Segundo a Polícia Civil, ambas foram estupradas e decapitadas.
"Eu tenho praticamente 18 anos de trabalho como delegado de polícia. E
esse crime realmente chamou a atenção pela violência, pela forma como
foi praticado", disse Camargo.
Suspeitos encontrados
Nesta quinta, a polícia prendeu Rafael e apreendeu o adolescente de 13
anos. Ambos estavam em uma casa na área rural da cidade.
A polícia chegou até os suspeitos após conseguir identificar, nas imagens do posto de gasolina, o carro de Rafael.
O terceiro suspeito, de 17 anos, foi apreendido nesta sexta (18). Todos foram ouvidos pelo delegado Camargo.
"O adolescente de 17 anos apreendido hoje passou uma versão que
corrobora com o que o primeiro adolescente, de 13 anos, irmão dele, já
falou".
Segundo a polícia, os irmãos são amigos de Rafael.
Crime brutal
O adolescente de 17 anos foi apreendido pela Polícia Militar, após denúncias, em uma casa abandonada de Piraí do Sul.
"Quem cortou a cabeça das duas foi o adolescente de 17 anos. Ele assumiu os crimes", disse o delegado.
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De acordo com o delegado Camargo, Luana e Cintia saíram do posto na
madrugada de domingo e foram com o homem e os adolescentes, para uma
região de mata.
Lá, ainda de acordo com o delegado, o adulto de 24 anos matou Cintia
com um tiro de espingarda após ela se negar a fazer sexo com ele. "Ao
que tudo indica, ela morreu na hora", disse. O Instituto Médico Legal
(IML) ainda não confirmou a hipótese.
Segundo Camargo, após a morte de Cintia, o homem de 24 anos atirou na
barriga de Luana, que não morreu na hora. Segundo o delegado, ela foi
estuprada pelo suspeito. A arma do crime, segundo a polícia, não foi
encontrada.
Participação dos adolescentes
O delegado disse que os depoimentos colhidos também detalham a participação dos dois adolescentes no crime.
De acordo com Camargo, os irmãos de 13 e 17 anos foram responsáveis por decapitar as duas vítimas, a mando do adulto.
"Os três saíram de lá, mas o carro estragou na área rural e eles ainda
voltaram pra cidade a pé. O adulto voltou em algum dia seguinte para
buscar o carro e escondeu a espingarda, que ainda não foi localizada",
disse o delegado.
Localização das vítimas
Os corpos das mulheres foram encontrados abaixo de uma vegetação.
Cintia, segundo o delegado, estava sem roupas. As cabeças de ambas
estavam enterradas há poucos metros dos corpos.
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"Ele [de 17 anos] diz que está arrependido, mas demonstra muita frieza.
Eles seguiram a vida normalmente, inclusive foram trabalhar durante a
semana".
A investigação
O delegado Camargo disse que os irmãos menores de idade serão transferidos para o Centro de Socioeducação (Cense), de Ponta Grossa.
O adulto de 24 anos está agora na carceragem da delegacia de Castro. O advogado de defesa dele disse que prefere não se manifestar.
Segundo Camargo, Rafael deve responder por crimes como estupro,
homicídio e ocultação de cadáver. O homem tem antecedentes por tráfico e
porte de armas.
Os adolescentes responderão por atos infracionais correspondentes aos mesmos crimes.
A Polícia Civil tem 30 dias para entregar o inquérito e aguarda laudos da criminalística e do IML.
Os corpos das duas vítimas ainda não foram liberados. Segundo
informações do IML, a liberação depende do resultado de exame de DNA
para confirmar a identidade das vítimas.
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