terça-feira, 29 de setembro de 2020

Ex-prefeito de Piên acusado da morte de adversário político vai a júri popular

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR Imagem: Divulgação
A Justiça determinou que Gilberto Dranka, ex-prefeito de Piên, na Região Metropolitana de Curitiba, vá a júri popular. Ele é acusado de ser um dos mandantes do assassinato do prefeito que venceu as eleições, em 2016.
Loir Dreveck (PMDB), de 52 anos, viajava com a família para Santa Catarina, pela PR-420, em dezembro de 2016, quando foi surpreendido por um motoqueiro e levou um tiro na cabeça. Ele morreu três dias depois, no hospital. 
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Gilberto Dranka foi encontrado pela polícia escondido no forro da casa em 31 de janeiro, em uma operação do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), tentando evitar a prisão.
De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), Dranka e o então presidente da Câmara, Leonides Maahs, foram os autores intelectuais, planejaram o crime, que foi executado por outros dois homens.
Todos são réus, por dois homicídios, já que outro homem também acabou sendo morto. Em 2017, o juiz de primeiro grau decidiu que eles devem ir a júri popular.
As defesas recorreram, o processo ficou parado e, na semana passada, o Tribunal de Justiça, a segunda instância, enviou o processo de volta para a primeira instância.
"A gente aguarda pela realização do julgamento para que, após a amplitude de defesa fornecida a todos eles, seja o veredito culpado ou inocente para ser, após isso, o cumprimento da pena", afirmou Samir Mattar Assad, assistente de acusação.
Os réus chegaram a ficar presos, mas atualmente são monitorados por tornozeleira eletrônica.
Candidato à prefeitura
Gilberto Dranka quer voltar a ser prefeito de Piên e teve o nome confirmado como candidato à prefeitura pelo Partido Social Liberal (PSL).
A Lei da Ficha Limpa não restringe a candidatura de quem está respondendo a processo em primeira instância mas, sim, de condenados em segunda instância, por um colegiado.
O advogado de defesa pediu que, considerando o período eleitoral vigente, seja retirada do candidato a tornozeleira eletrônica e que ele possa se recolher após às 23h. A defesa afirma que Gilberto Dranka é inocente. 
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"Gilberto Dranka, pelo fato de estar concorrendo ao pleito, ele merece ter o pedido atendido, ele precisa se distanciar dos limites que impõem a medida cautelar e se alongar um pouco mais durante o período da noite, pois está em campanha. Ele é inocente, e presumidamente inocente, não há nenhuma estranheza o fato de ele concorrer ao pleito municipal", disse o advogado Claudio Daledone. 
A defesa de Leonides Maahs disse que vai comprovar a inocência dele dentro do processo. Afirmou também que ele participou da campanha e era amigo do prefeito eleito, não tendo motivo para participar do que chamou de "barbárie". 
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