By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR – Imagem: Divulgação
O Hospital Pequeno Príncipe, referência no atendimento infantil em
Curitiba suspendeu na noite de terça-feira (8) o serviço de pronto
atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essa é a terceira vez que
o atendimento é suspenso em duas semanas. Desta vez, segundo o
hospital, por tempo indeterminado.
Conforme o hospital, o motivo da suspensão foi a grande busca à
emergência do hospital. Na segunda-feira (6), o hospital chegou a 98% de
lotação. Na terça (7), devido à grande movimentação na emergência, o
tempo de espera foi de dez horas no atendimento pelo Sistema Único de
Saúde (SUS), e seis por convênios particulares.
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De acordo com o hospital, é comum o maior movimento nesta época do ano
por causa de doenças típicas da estação, como pneumonia. Mas não é
recomendável levar crianças para a emergência se o caso não for grave.
Ainda segundo o hospital, mesmo continuando o atendimento no pronto
socorro para as pessoas que possuem planos de saúde, não há leitos para
internação. Os conveniados também devem ser encaminhados para outros
hospitais.
Confusão
A Polícia Militar (PM) precisou intervir na noite de terça-feira (7)
porque houve confusão na sala de espera. Parte das pessoas que
aguardavam atendimento para os filhos forçou a entrada e invadiu o
hospital.
"Chegamos aqui, e falaram que a gente não podia entrar porque o
hospital estava cheio, e que não ia atender mais. A gente ficou muito
revoltado, pois tem várias mães com os filhos que estão com o mesmo
problema", disse a diarista Joseilda Maria Noia.
O vice-diretor clínico do Pequeno Príncipe, Victor Horácio, falou que
essa procura é fora do normal, e que o Pequeno Príncipe está com 370
crianças internadas, que é a capacidade máxima.
"Isso tem acontecido, principalmente, porque a procura aumentou muito
depois da orientação de algumas unidades para que eles venham direto
aqui. Quase 100% do hospital está com internamento. Das 16 macas que nós
temos, 14 estão com crianças internadas. Estamos trabalhando com apenas
um escritório. Não é falta de médico, é que a procura foi além das
expectativas", contou Victor.
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Reabertura
Conforme o Hospital Pequeno Príncipe, ainda não existe ainda uma previsão para reabertura.
"Nós vamos reabrir o pronto atendimento a medida do possível, conforme
nós formos conseguindo internar as crianças que já estão aqui. Para que
só depois, a gente possa liberar os consultórios para atendimento",
explicou o vice-diretor clínico.
Hospital Universitário Evangélico Mackenzie
No terceiro dia de atendimento do ambulatório do Hospital Universitário
Evangélico Mackenzie, no Bairro Água Verde, a população também reclama
das filas e de ter que esperar o atendimento do lado de fora.
O ambulatório do hospital está em obras na sede principal, que fica no
Bairro Bigorrilho, e por isso foi transferido para o novo endereço nesta
semana.
Segundo o hospital, são aproximadamente 700 pacientes que passam pelo
ambulatório todos os dias, para atendimento em 37 especialidades.
A direção do hospital disse que está orientando os pacientes a não
chegarem tão cedo para as consultas, e sim meia hora antes do horário
marcado. Além disso, prometeram colocar uma cobertura no local de espera
nos próximos dias.
"O posto de saúde é a porta de entrada pra todas as situações de saúde.
É a unidade que terá condições de encaminhar conforme a necessidade de
cada pessoa. Pode ser que resolva naquele momento na própria unidade,
pode ser que agende para outro dia, mas se for uma situação de possível
urgência, a unidade irá orientar a procurar a UPA mais próxima ou um
hospital, que pode ser inclusive o Pequeno Príncipe", explicou o diretor
do SUS Pedro Henrique de Almeida.
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