By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Portal Terra – Imagem: Gustau Nacarino (Reuters)
O empresário auxiliou Messi na organização dos jogos em
2012 e 2013, e já vem sendo investigado pela polícia há mais de um ano.
Segundo o jornal El País, Marín alterou o depoimento várias vezes,
entrando em contradição: no início, garantiu que o camisa 10 não
recebera nada pelas seis partidas disputadas no período, mas
posteriormente revelou que a fundação ligada ao jogador teria
ganhado cerca de US$ 300 mil (R$ 780 mil) - valor transferido para uma
conta do First Caribbean International Bank, de Curaçao, beneficiando
uma sociedade chamada Mandatos Valneg.
Ainda assim, de acordo com o inquérito da Guarda Civil
espanhola e do juiz Eduardo López Palop, a quantia transferida é maior
do que a declarada pelo assessor de Messi, totalizando mais de 1 milhão
de euros (R$ 2,9 milhões) apenas pelas partidas disputadas pelo
argentino em Medellin e Bogotá, na Colômbia. O valor foi depositado na
conta caribenha pela companhia americana Total Conciertos, que organizou
os eventos por indicação de Marín, com direito ao sobrenome de Messi
assinado à mão.
Agora, o órgão espanhol investiga quem são os donos das
contas beneficiadas pelos pagamentos. O país exige que todos os
residentes declarem e sejam tributados por qualquer quantia recebida
dentro ou fora do território espanhol. Se o valor for superior a 120 mil
euros, o caso deixa de ser assunto de âmbito administrativo e passa a
ser averiguado como crime de delito fiscal.
Marín admitiu ter poder sobre a sociedade Player’s Image
S.A., dona da conta beneficiada no First Caribbean de Curaçao e
relacionada à Mandatos Valneg. O assessor, todavia, não revelou quem é o
principal titular da conta.
Segundo
o El País, o valor recebido por Messi pelas partidas teria sido
repassado aos colegas de Barcelona, como o brasileiro Daniel Alves, o
argentino Mascherano e o ex-goleiro Pinto, amigo pessoal do craque.
Além dos citados, o treinador Fabio Capello teria
exigido que a transferência fosse feita por outros meios. Entretanto,
essas personalidades do esporte negaram as acusações em conversa com o
El País. Os jogos envolvidos na investigação foram disputados em Cancún
(México), Bogotá (Colômbia) e Miami (EUA), em 2012, e em Medellín
(Colômbia), Lima (Peru) e Chicago (EUA), em 2013.
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