By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Bruno Andrade (Lance Net) – Imagem: Alan Morici (Terra)
Mas a conquista do Galo não foi fácil. Longe disso. O time comandado pelo ex-volante Doriva precisou superar a falta de favoritismo e, principalmente, a derrota no tempo normal na finalíssima. Em uma disputa equilibrada de pênaltis, o goleiro Vagner defendeu a cobrança do zagueiro Neto e fechou com chave de ouro a belíssima campanha da equipe do interior.
23 FALTAS, UM GOL
Pressão do Santos, cera do Ituano. Nervosismo do Santos, desequilibrio do Ituano. O primeiro tempo da decisão do Paulistão teve pouca bola rolando e confusões de sobra. Ao todo, foram 24 faltas (13 do Ituano e 11 do Santos), quatro cartões amarelos e inúmeras discussões. Até Vladimir, goleiro reserva do Peixe, teve a proeza de receber cartão.
Em desvantagem na soma dos placares e apoiado pelos mais de 30 mil torcedores presentes no Pacaembu, o Peixe foi para cima desde o primeiro minuto. A ameaça ofensiva foi grande, mas a equipe visitante soube segurar o jogo. Ora na bola, ora com falta.
A pressão do Santos ganhou corpo nos minutos finais, quando o Ituano, com três jogadores amarelados, deu um tempo nas faltas. Aos 39 minutos, o grito de gol quase ecoou no estádio. Geuvânio lançou Leandro Damião dentro da área. O atacante escorou de cabeça para Cícero, que, bem marcado, não conseguiu tocar a bola para o fundo do gol de Vagner.
Aos 46 minutos, festa nas arquibancadas. A 13ª falta do Ituano na etapa inicial deu ao Peixe a chance de ir para o intervalo na frente do placar. Após bate e rebate dentro da área do Ituano, o zagueiro Alemão fez pênalti em cima de Cícero, que estava posicionado de forma irregular no início da jogada. Diferentemente do jogo anterior, o camisa 8 acertou o gol e colocou o Peixe em vantagem.
CAUTELA E POUCAS EMOÇÕES
Ao contrário do que se viu na primeira etapa, o Ituano se lançou mais ao ataque do que o Santos no começo do segundo tempo. E também deu de ombros para as faltas. Com a bola no pé, o Galo até levou perigo ao gol de Aranha, mas não obteve sucesso.
O Peixe, de forma mais tímida, arriscou pouco. Na oportunidade mais clara de gol, aos 23 minutos, Geuvânio recebeu livre dentro da área e chutou cruzado a bola, que passou tirando tinta da trave. A rede não balançou, mas o lance incendiou a torcida e renovou o ânimo santista.
Mas o Ituano não estava entregue na partida. Pelo contrário. Aos 37 minutos, resposta do time de Itu. Em bela cobrança de falta, o zagueiro Anderson Salles por pouco não empatou a partida. Aranha foi ainda melhor e defendeu o chute.
Daí em diante, Ituano e Santos, já à espera da decisão por pênaltis, pouco criaram. Se arriscaram com cautela redobrada. Não à toa o lance mais chamativo dos minutos finais foi a expulsão de Cicinho, que recebeu o segundo cartão amarelo ao fazer falta em cima de Anderson Salles.
A ESTRELA DE VAGNER
Um dos principais destaques da campanha do Ituano, Vagner também brilhou na finalíssima. Cícero, Alan Santos, David Braz, Gabriel, Arouca e Alison superaram o goleiro nas cobranças de pênaltis. Rildo acertou a trave. Mas a sombra do camisa 1 do Ituano cresceu para cima de Neto, que parou no goleiro e viu o Peixe deixar escapar o 21º título na história do Paulistão. Problema do Peixe. O Ituano acertou seis da sete cobranças e garantiu o bicampeonato estadual (2002 e 2014).
FICHA TÉCNICA
SANTOS 1 (6) x (7) 0 Ituano
Local: Estádio do Pacaembu
Data/Hora: 13 de abril de 2014, às 16h
Árbitro: Raphael Claus
Assistentes: Carlos Augusto Nogueira Júnior e Danilo Ricardo Simon Manis
Cartões amarelos: Rafael Silva, Esquerdinha, Cristian (Ituano); Cicinho, David Braz e Arouca (Santos)
Cartão vermelho: Cicinho (Santos) aos 46'/2ºT
Público/Renda: 34.964 pagantes/R$1.991.845
GOL: Cícero (46'/1ºT)
DECISÃO POR PÊNALTIS
Cícero (gol), Alan Santos (gol), David Braz (gol), Rildo (perdeu), Gabriel (gol), Arouca (gol), Alison (gol), Neto (perdeu)
Jackson Caucaia (gol), Anderson Salles (perdeu), Marcelinho (gol), Esquerdinha (gol), Marcinho (gol), Jean Carlos (gol), Dener (gol), Josa (gol)
SANTOS: Aranha; Cicinho, Neto, David Braz e Mena; Alison, Arouca e Cícero; Geuvânio (Alan Santos, aos 38'/2ºT), Thiago Ribeiro (Rildo, aos 14'/2ºT) e Leandro Damião (Gabriel, aos 31'/2ºT). Técnico: Oswaldo de Oliveira
ITUANO: Vágner; Dick, Anderson Salles, Alemão e Dener; Josa, Paulinho (Marcinho, aos 34'/2ºT), Jackson Caucaia e Cristian (Marcelinho, aos 30'/2ºT; Esquerdinha e Rafael Silva (Jean Carlos, aos 19'/2ºT). Técnico: Doriva
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