terça-feira, 22 de abril de 2014

Iraty completa 100 anos de história



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Paulo Henrique Sava (Rádio Najuá) Imagem: Tribuna do Bolão

O Iraty Sport Club completa 100 anos de existência nesta segunda-feira (21). Para marcar as comemorações, durante o jantar realizado no último dia (11), foi lançada a camisa oficial alusiva ao centenário do clube.
A Rádio Najuá também prestou a sua homenagem ao Iraty, entrevistando algumas personalidades que fizeram parte da história do clube e que ajudaram o time a conquistar o título do Campeonato Paranaense de 2002, que não teve a participação do trio de ferro da Capital (Coritiba, Atlético e Paraná), além do Malutrom (atual J.Malucelli), que disputavam a extinta Copa Sul-Minas.
O ex-goleiro Marco Antônio, que atualmente trabalha como empresário na cidade, falou sobre a saudade que sente da época que atuava como profissional. “Graças a Deus eu fiz parte deste título, dá saudade sim e graças a Deus eu escrevi o meu nome no Iraty Sport Club como um dos atletas que conquistou este título”, disse o ex-goleiro.
Marco Antônio falou ainda sobre suas lembranças daquele título de 2002. “Era uma equipe que já jogava há uns dois anos junta, só saíram alguns jogadores que tiveram outras propostas, e aí foi feito um plantel”, afirmou. O ex-goleiro do Azulão disse ainda que o planejamento daquele ano foi muito bem elaborado pela comissão técnica, que tinha como comandantes o técnico Val de Mello e o preparador Celinho. “Conseguimos, ao longo de alguns anos, obter resultados positivos desde a segunda divisão, quando nós subimos. No ano seguinte, ficamos em 5º ou 6º lugar, e aí conseguimos o título em 2002. Por isso, foi importante o projeto que a diretoria tinha”, completou.
Marco Antônio conta ainda que a ascensão do Iraty à primeira divisão do Campeonato Estadual foi importante para alavancar a sua carreira como jogador profissional. “Um título sempre é importante para qualquer atleta, porque todo mundo quer ter em sua equipe um jogador que ganhe títulos. Recebi várias propostas, uma delas do Atlético, mas o Sérgio (Malucelli) não deixou eu sair porque a cláusula rescisória do meu contrato era muito grande e o Atlético não queria pagar essa cláusula, então eu fiquei aqui no Iraty. Mas isso foi bom, porque eu gostei da cidade e hoje eu tenho o Iraty no meu coração”, comemora.
O ex-goleiro do Azulão continua no clube, onde dirige uma escolinha de futebol. Ele contou um pouco mais sobre este projeto à reportagem da Najuá. “A gente já tem um projeto lá há dois anos, conversamos com a diretoria depois do término das atividades do profissional e o projeto foi bem aceito”, enfatizou. Marco Antônio disse ainda que o projeto, que está caminhando para o 3º ano, está dando oportunidade a 120 garotos de alimentarem seus sonhos de serem jogadores de futebol. “É um projeto muito bom, que movimenta o clube. Já que não tem o profissional mais, a gente fez este projeto com os garotos para que o Iraty não caia no esquecimento”, finalizou.
Outro ex-jogador que fez parte da equipe do Iraty que foi campeã em 2002 foi Mohmad Reda, o Mohá. Ele, que começou sua carreira nas categorias de base do Azulão, disse à reportagem da Najuá que não tinha pretensão de se tornar um jogador profissional, mas, com o tempo, acabou mudando de idéia. “Eu comecei a jogar por acaso no Iraty, quando o clube caiu para a 3ª Divisão paranaense e não tinha jogadores para compor o elenco. Aí foram começando outros campeonatos e eu fui me aperfeiçoando e continuando os treinamentos”, disse o jogador.
Mohá conquistou o título da 3ª divisão, subiu para a segundona e, em 2002, foi campeão paranaense com o Iraty, além de ter disputado os campeonatos de juniores daquele ano, a Copa Tribuna e o Campeonato Paranaense.
Mohá falou sobre suas lembranças da equipe campeã de 2002. “Era uma equipe que não tinha grandes estrelas, o nível dos jogadores era igual. A equipe se sobressaía na união, o grupo era muito unido, todo mundo queria um objetivo só. Eu acho que tudo aconteceu certo naquele ano, pois o nosso time jogava por música, e não tinha vaidade, todo mundo buscava um só objetivo: o Campeonato Paranaense”, afirmou.
O jogador diz que a equipe conseguiu conquistar o campeonato porque o time era praticamente imbatível, e jogava um futebol bonito. “Era um futebol que hoje em dia quase a gente não vê. Hoje todo mundo preza mais a parte física, e a equipe de 2002 não tinha nenhum jogador mais avantajado que o outro, era todo mundo mais ou menos igual”, frisou.
Mohá conta que parou de jogar futebol no ano passado, mas se aparecer uma boa proposta, ele pode retornar aos campos. Ele disse que tem um pré-contrato assinado para retornar para a Indonésia, onde jogou até o ano passado. “Estamos estudando, porque não é só o futebol, tem várias coisas que pesam, como a família, a minha filha, a distância e as diferenças entre os países. A gente está vendo tudo direitinho para ver se realmente vale a pena voltar”, finalizou.
Futebol Amador
Mohá e Marco Antônio falaram também sobre o retorno da equipe do Iraty ao Campeonato Amador da Liga Iratiense de Futebol. Recentemente, a equipe disputou a Copa Folha de Irati/Construtora Derbli e ficou em segundo lugar. “Agora, conversando com a diretoria, talvez nós vamos montar uma equipe para a disputa do Amador”, frisou Marco Antônio, que pede que a população continue comparecendo ao Estádio Coronel Emílio Gomes para prestigiar o Azulão. Mohá afirma que o ex-goleiro montou um time bom, “mesclando juventude e experiência”, e que terminou em segundo lugar.
Deixando uma mensagem pelos 100 anos do Iraty, Mohá pede que a população continue apoiando o clube. “Agora o Iraty está passando por um momento de transição, sem o futebol profissional, mas eu espero que a população possa estar unida com o Iraty, para a gente poder alavancar de novo o clube que fez história no futebol paranaense”, destaca. O ex-jogador parabenizou a nova diretoria do Iraty e deseja que seus integrantes possam trabalhar para levantar de novo o clube.
“A gente precisa de um clube novamente na 1ª Divisão. Todas as cidades da região têm times no Campeonato Estadual. Nós éramos os favoritos nas divisões de base, e hoje estamos bem carentes de um time assim. Eu espero que o Iraty possa voltar em breve ao quadro profissional”, finalizou.

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