By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Rádio Najuá – Imagem: Divulgação
Em discurso no plenário da Câmara, o vice-presidente da Câmara,
André Vargas (PT-PR), admitiu nesta terça-feira (2) que cometeu um
"equívoco" e foi "imprudente" ao viajar, no ano passado, num avião
providenciado pelo doleiro Alberto Yousseff, preso em março pela Polícia
Federal por suspeita de movimentar cerca de R$ 10 bilhões em lavagem de
dinheiro.
"Claro que, com relação ao avião, eu
reconheço, fui imprudente. Foi um equívoco, deveria ter evitado. Peço
desculpas aqui e à minha família", afirmou aos deputados da Casa.
De
acordo com a reportagem da "Folha de S. Paulo", o empréstimo do avião
para viagem a João Pessoa foi acertado entre Vargas e Yousseff por
mensagem de celular no dia 2 de janeiro. "Tudo certo para amanhã",
dizia mensagem do celular do doleiro para Vargas. "Boa viagem se (sic)
boas férias", completa.
No discurso em
plenário, o vice-presidente da Câmara admitiu que usou o jato e disse
que conhece Yousseff há 20 anos. O doleiro é é apontado pela PF como um
dos líderes de um esquema de lavagem de dinheiro desmontado na Operação
Lava Jato.
"No final do ano passado, me fiando
nessa relação de mais de 20 anos, procurei Alberto Yousseff, porque ele
havia sido dono de um hangar, para que viabilizasse uma aeronave para
minha viagem de início de ano. No dia 3 de janeiro viajei e no dia 15
voltei com a minha família", relatou.
O
deputado admitiu ainda que não pagou os custos do traslado, ao contrário
do que havia dito antes ao jornal, dizendo ter bancado o combustível.
"Quando eu o procurei para viabilizar o pagamento do combustível, não
encontrei meios, porque eu não sabia que a aeronave tinha sido locada.
Coisa que soube com mais detalhes agora em função da ampla divulgação na
mídia", disse.
Vargas afirmou também que não
tinha conhecimento do motivo pelo qual o doleiro estava sendo
investigado pela Polícia Federal. "Conheço Yousseff há 20 anos. Ele é
hoje proprietário do maior hotel da minha cidade. Conheço o processo
pelo qual passou e em que se transformou em testemunha da PF em
processos por lavagem de dinheiro. Não conhecia o motivo pelo qual ele
estava sendo investigado", disse.
Ministério da Saúde
Ainda
segundo a "Folha de S.Paulo", numa outra conversa, André Vargas
discutem um assunto de interesse do doleiro no Ministério da Saúde. Para
a Polícia Federal, ambos tinham um "objetivo comum" na pasta,
relacionada à empresa Labogen, que negociava uma parceria com a pasta,
mas que teria sido usada por Yousseff para enviar R$ 37 milhões ao
exterior.
Conforme o jornal, em relatório, a PF
diz que mostra que, em dado momento, Vargas diz que "a reunião com
Gadelha foi boa demais". Depois, diz que "Gadelha garantiu que vai nos
ajudar". Seria uma referência ao secretário de Ciência, Tecnologia e
Insumos Estratégicos do ministério, Carlos Gadelha.
No
discurso em plenário, André Vargas disse que foi procurado por um
empresário que desejava providenciar uma parceria entre o laboratório e o
Ministério da Saúde. Vargas disse que apenas "o orientou na forma da
lei" e negou conversa sobre o negócio com o secretário do Ministério da
Saúde.
"Nunca estive com Gadelha ou com
qualquer outro funcionário para tratar desse projeto. No vazamento eu
digo que a reunião com Gadelha foi boa, porque me encontrei com um
representante oficial da empresa no aeroporto e ele disse que a reunião
com Gadelha foi boa", explicou.
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