By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Bianca Nascimento (Agência de Noticias PR)
A chance de cursar uma instituição de ensino superior
federal tem crescido no interior do Paraná. É esta realidade que mostram os
dados do Censo da Educação Superior de 2011 do Instituto de Estudos e Pesquisas
Educacionais (Inep), ligado ao Ministério da Educação (MEC). O levantamento
aponta que o número de matrículas aumentou no interior Paraná, passando de 6,9
mil em 2007 para 17,3 mil em 2011. Este número ocorre devido à abertura de
cursos e campi no interior do estado.
Em discurso, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, comenta
que essa expansão ganhou ainda mais força com o Programa de Apoio a Planos de
Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), criado em 2007.
“Em todo o Brasil, houve um salto de 45 para 59 Universidades Federais, de 148
câmpus para 274. O número de municípios atendidos por Universidades Federais
mais que dobrou, de 114 para 272. Serão criados mais 47 novos campus até 2014”,
disse. A previsão é que ate 2016 cerca de R$ 735 milhões sejam investidos nesta
expansão.
Até 2002, o Paraná contava com duas universidades federais,
nenhuma delas com sede no interior. Dados do Inep mostram que em 2011, foram
criadas mais duas federais no estado, sendo uma delas no interior.
Consequentemente, o estudo mostra que o número de matrículas em universidades
no nesta região também aumentou. Em 2008, foram 7.785 matrículas, já em 2011, o
número de matriculados chegou a 17.335, um salto de 122%.
Uma dessas instituições é a Universidade Tecnológica Federal
do Paraná (UTFPR), que em 2005 foi transformada a partir do Centro Federal de
Educação Tecnológica do Paraná (Cefet-PR). Em 2009, houve a instalação do
Instituto Federal do Paraná (IFPR) que oferece ensino técnico, graduação e
pós-graduação.
Atualmente o IFPR está presente em 14 cidades do Paraná. Em
seis municípios os campi estão em
fase de implantação, num investimentos total de R$ 122 milhões nos últimos
cinco anos. A Universidade Federal do Paraná (UFPR) também se expandiu pelo
estado, investindo cerca de R$ 23,6 milhões em Palotina, no Oeste, e em
Matinhos, no Litoral.
De acordo com o reitor da IFPR, Irineu Mario Colombo, o
Instituto prevê a construção de campi
em 28 municípios até 2014. Para ele, estas ações terão reflexo em todas as
regiões de diferentes formas. “Obviamente o incentivo a educação e o estímulo à
pesquisa e a inovação são muito importantes para o desenvolvimento dos
municípios e das regiões. Não há mais necessidade do estudante sair da cidade
para continuar seus estudos”, explica. “Em sua cidade existe a possibilidade de
evoluir nos estudos, incrementando sua renda e de sua família”, diz Colombo.
O assessor de desenvolvimento institucional da UTFPR, Cion
Cassiano Basso, explica que a universidade leva várias questões em consideração
antes de implantar um novo campus em
uma cidade. “O perfil de cada região determina o tipo de curso que a
universidade pretende oferecer. Regiões com força na área agrícola, por
exemplo, passam a contar com cursos nesta área, fortalecendo a região com o
curso como indutor de desenvolvimento”, explica. “Estes alunos irão produzir um
desenvolvimento econômico tornando-se empregados ou gerando suas próprias
empresas nestas regiões. Esse é um futuro que não é distante”, ressalta Basso.
Fazem parte, também, da expansão a Universidade Federal da Integração
Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu e a Universidade Federal da
Fronteira Sul (UFFS), em Realeza e em Laranjeiras do Sul. A UFFS abrange
estudantes o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Já a Unila destina ensino universitário ao Brasil
e a estudantes de países vizinhos, como a Argentina.
De acordo com o reitor da UFFS, Jaime Giolo, a Universidade
veio como parte da ampliação em lugares distantes dos grandes centros. “Havia
vazio no interior deste país porque as intuições públicas não se fizeram
presentes neste tempo”, comenta. “O Brasil ainda vai continuar expandir mais a Educação
Federal e no momento certo vamos apresentar ao Ministério da Educação projetos
para ampliação de outros cursos nos campi
que já temos e também de novos campi”,
avalia.
O deputado estadual professor Lemos (PT) comenta que o
ensino superior no Brasil tem se intensificado no governo Dilma. “Foram 16
novas universidade federais nos últimos dez anos depois de 40 anos que o Brasil
não construía nenhuma universidade. Inaugurou-se um novo tempo para a
educação”, avalia.
“O interior do Paraná foi muito beneficiado nestes últimos
dez anos. Isso diminui o êxodo destas regiões e a pessoas continuam morando em
todas as regiões gerando desenvolvimento e fazendo que indicadores melhorem,
pois a educação tem poder fundamental de transformar a economia também e
questões sociais”, finaliza o deputado.
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