By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Radio Najua
Terminou meia-noite desta quinta-feira (28) o período de restrição à
pesca de espécies nativas nos rios do Paraná. Vigente desde 1 de
dezembro de 2012, a restrição tem como objetivo garantir a reprodução e
desova dos peixes no período chamado de defeso da piracema. Entre as
espécies protegidas pela suspensão do período da pesca estão: bagre,
dourado, jaú, pintado e lambari.
Durante esses
meses, fiscais do IAP e Polícia Ambiental concentraram suas ações de
fiscalização em locais onde existem históricos de concentração de
pessoas e registros de pesca predatória. Dentre eles estão rios,
represas e bacias das regiões de Londrina, Paranavaí, Jacarezinho,
Cornélio Procópio, Umuarama e também nos limites de mar aberto no
Litoral.
Pescadores flagrados em atividade e
em desacordo com as restrições impostas pelo IAP e Ibama foram
enquadrados na lei de crimes ambientais. Os infratores podem receber
multas com valor a partir de R$ 700 por pescador, mais R$ 20 por quilo
de peixe pescado. Além disso, os materiais de pesca como varas, redes e
embarcações, podem ser apreendidos pelos fiscais.
Para
o presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, os pescadores
profissionais têm ciência da importância desse período porque lidam com
os animais durante todo o ano, mas é importante agir em conjunto para a
orientação aos pescadores amadores. “É preciso que todos que gostam de
pescar, principalmente os pescadores amadores, entendam que o período da
piracema é fundamental para preservar o meio ambiente e garantir a
existência de peixes para a pesca durante o próximo ano”, diz.
O
diretor de controle e recursos ambientais do IAP, Paulo Barros, explica
que nesse período de restrição a pesca foi permitida apenas para
reservatórios artificiais e de espécies consideradas exóticas - que
foram introduzidas no meio ambiente pelos seres humanos. “Essas espécies
podem causar um desequilíbrio ambiental porque podem se alimentar das
espécies nativas e não ter predadores naturais, causando a sobreposição
de uma espécie sobre a outra. Por isso a pesca dessas espécies continua
permitida em períodos de restrição”, explica. As espécies consideradas
exóticas são: corvina, tilápia, tucunaré, bagre-africano, carpa, entre
outros.
Ainda segundo o diretor, mesmo com o
término do período de restrição à pesca, o IAP, em parceria com a
polícia ambiental, continuará monitorando e fiscalizando a pesca
predatória. “É nesse momento (quando abre o período de pesca) que
encontramos muitas pessoas com equipamentos não permitidos e quantidade
de redes maior do que são autorizados por lei. Por isso, o nosso cuidado
em continuar com o nosso trabalho de fiscalização nos rios e represas
do Estado”, explicou Paulo.
DOCUMENTAÇÃO
Tanto
para a pesca amadora quanto para a profissional embarcada ou
desembarcada é necessária a posse da documentação do Ministério da
Pesca. Para a emissão do documento é preciso responder algumas perguntas
e se cadastrar no site do Ministério. O documento fica pronto na hora.
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