By: INTERVALO DA
NOTICIAS
Texto: Élio Kohut (Intervalo da Noticias) – Imagem: Divulgação
em flagrante por falsa comunicação de crime, fraude
processual e formação de quadrilha.
Presos
O falso crime, segundo o delegado, foi admitido em
depoimento por um funcionário da vereadora, o motorista Idalécio Valverde da
Silva, e sua mulher, Suzicleia Valverde da Silva, ambos presos. "Eles
contaram toda a trama", disse Cartaxo. Adalto Valverde da Silva, irmão de Idalécio,
também foi preso. Ele não estaria envolvido diretamente no caso, mas teria
emprestado o telefone para que a vereadora ligasse para a família e dissesse
que estava tudo bem com ela, quando comunicou o falso seqüestro. A polícia
ainda investiga se houve participação de outros políticos na ação. "Essa
possibilidade é real. Entretanto, entre a possibilidade real e a prova cabal,
há uma diferença enorme", afirmou o delegado.
A vereadora, que ficou em local incerto por 24 horas, se
apresentou espontaneamente num hospital da cidade, em "delicado estado de
saúde", segundo a polícia.
Como aconteceu
Ana Maria teria sido rendida logo após tomar posse para seu
terceiro mandato, em cerimônia no Teatro Ópera. De lá, ela seguiria para o
Núcleo Santa Paula para deixar a mãe em casa, mas, no trajeto, o carro em que
elas estavam teria sido abordado. O motorista do veículo, Idalécio Gouveia,
chegou a prestar declarações à imprensa, contando como aconteceu a suposta
abordagem dos bandidos. Na manhã de ontem, ele acabou preso. À tarde, o Audi
onde estava a vereadora no momento em que teria sido sequestrada foi apreendido
pela polícia e periciado. De acordo com Cartaxo, Idalécio furou o pneu do carro
e manipulou dispositivo para que a injeção eletrônica não funcionasse. “Eles
iludiram a mãe de Ana Maria, dona Branca, para que ela acreditasse que se
tratava de sequestro”, disse. No entanto, segundo o delegado, a vereadora
apenas foi retirada de um carro e levada para outro. Quem teria participado
dessa remoção foi Reginaldo da Silva Nascimento, que está foragido.
O
irmão de Idalécio, Adalto Valverde da Silva, também teve participação no caso,
segundo o delegado. De acordo com Cartaxo, pertence a ele o celular utilizado
pela parlamentar para telefonar ao filho. Ainda na madrugada, a Justiça emitiu
as ordens de prisão temporária contra Reginaldo, Idalécia, Adalto e a esposa de
um dos irmãos, Suzicléia da Silva. Eles são acusados dos mesmos crimes de Ana
Maria e os três últimos já estão detidos. “Vamos avaliar se há necessidade de
manter Suziléia presa, pois ela apenas tinha conhecimento do falso sequestro e
não teve participação direta. Quanto aos demais, pretendemos deixá-los presos
até o julgamento”, afirmou o delegado. Cartaxo não descarta o envolvimento de
outros agentes públicos no sequestro simulado. Segundo ele, cabia ao Tigre e ao
coronel Péricles, do Estado Maior da Polícia Militar, desvendar o caso, o que
já aconteceu. Agora, as investigações terão continuidade por parte da 13ª SDP,
que desde ontem está sob nova chefia. A parlamentar ainda não foi ouvida pela
polícia e ninguém soube dizer qual era o paradeiro dela durante o suposto
desaparecimento.Confira a coletiva a imprensa do delegado Luiz Alberto Cartaxo com áudio da Radio Difusora:
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