By: INTERVALO DA
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O senador do PSOL pelo Amapá Randolfe Rodrigues enfrenta em 2013 o
favorito na eleição para a presidência do Senado no próximo dia 1º de
fevereiro. Em 2011, foi a mesma história -- o concorrente dele era o ex-presidente
da República José Sarney (PMDB-AP). Agora, o seu adversário no pleito é
Renan Calheiros (PMDB-AL), que já ocupou o cargo de presidente de 2005 a
2007. Apesar de Calheiros não oficializar sua candidatura e não comentar o
assunto, é esperado pelos demais parlamentares que o PMDB o indique como
sucessor de Sarney e tenha o apoio dos partidos que, somados aos
peemedebistas, formam a base do governo Dilma Rousseff no Congresso. "Eu apresento a candidatura por duas inconformidades. Primeiro: o
Parlamento não cumpre as suas funções típicas: legislar, fiscalizar e
representar [a população]. Segundo, o Parlamento não tem tido a
transparência devida com seus gastos. Me parece que a candidatura do
Renan [Calheiros] sintetiza e representa muito as duas inconformidades",
afirmou Randolfe Rodrigues ao
UOL. No âmbito da articulação política, Rodrigues procura apoio entre os
senadores que se identificam como "independentes" por terem posições
próprias, que nem sempre seguem as orientações de suas legendas. Um
exemplo deles é o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que é da base
governista e já manifestou apoio a Rodrigues. Na mesma linha de Rodrigues, o senador Pedro Taques (PDT-MT) também
manifestou a intenção de sair candidato, mas ainda não a oficializou. A
ideia dos dois é dividir os votos e levar a disputa ao segundo turno.
Ainda que percam, a movimentação mostra que o peemedebista não tem o
apoio integral dos demais 80 senadores. "Estou me apresentando porque me sinto no dever de não concordar com o
consenso e não achar que o perfil de Renan é o melhor para o Senado",
continuou Rodrigues. O mais jovem senador da atual legislatura nasceu na cidade de
Garanhuns, em Pernambuco. Depois, mudou-se para o Amapá e, logo no
começo da juventude, participou do movimento estudantil, onde iniciou
sua carreira política. Formado em história pela Universidade Federal do Amapá e em direito
pela faculdade Seama (Associação Educacional da Amazônia), Rodrigues
também é mestre em políticas públicas pela Universidade Estadual do
Ceará. Em paralelo à atividade política, Rodrigues se dedicava ao trabalho de
professor: lecionou direito constitucional na faculdade Seama e foi
professor substituto de história na Federal do Amapá. Segundo o senador,
desde sua participação na CPI do Cachoeira, no ano passado, ele se
afastou das salas de aula. Pelo Amapá, elegeu-se deputado estadual em 1998 e reelegeu-se em 2002. A
sua saída dele do PT foi em 2005, depois eu estourou o escândalo do
pagamento de propinas a congressistas em troca de apoio político ao
governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso que ficou
conhecido como mensalão. Randolfe, que está casado pela segunda vez, é pai de Gabriel, 18, e
Thais, 17, e avó de Antônio Gabriel, de dois meses. Ele desafia quem
questiona sua experiência para ocupar a presidência do Senado e a
consequente chefia do Congresso Nacional, citando uma frase do
dramaturgo inglês William Shakespeare: "maturidade tem mais a ver com as
experiências que você viveu do que quanto aniversários você celebrou".
Confira a entrevista.
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