By: INTERVALO DA
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Texto: Rodrigo Zub, com colaboração de Jussara Harmuch (Radio Najua) – Imagem: Divulgação
Claudemir:
Reboucense de nascimento e criação, graduado em Educação Física e Direito, ex- secretário de Esportes em Rio Azul, cidade onde conheceu sua esposa, Karla Flaiane Burko Herthel, prefeito eleito mais jovem da região Centro-Sul, com apenas 33 anos, Claudemir conta com dois grandes aliados, considerados como seus “padrinhos” na disputa. O prefeito de Rebouças é apoiado por dois colegas de partido; o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Valdir Rossoni, e o governador Beto Richa, ambos do PSDB.
"Padrinhos"
Perguntado sobre a incumbência e o desafio de comandar a Amcespar, Claudemir disse que resolveu concorrer ao posto de presidente da entidade, para tentar unir os municípios da região, além de buscar mais recursos para o crescimento da região. O reboucense considera uma tarefa difícil presidir a Amcespar. Ele avaliou que o fato do governador e do presidente da ALEP, serem da mesma sigla partidária, facilitaria o diálogo e seria um suporte para que a região seja lembrada e receba um auxílio maior do governo do Estado. Mesmo sendo considerada uma cara nova na política, pois nunca exerceu funções do executivo (prefeito e vice) ou legislativo (vereador), Claudemir acredita que esse fator não irá influenciar negativamente. “Como servidor público já acompanhei várias administrações. Não fui gestor, mas sei da incumbência e da capacidade da Amcespar. Conheço a legislação e sei o que é importante para o desenvolvimento da região”, avalia.
União
Questionado sobre as principais carências da região Centro-Sul atualmente, o tucano voltou a lembrar de Richa, citando um projeto lançado pelo governo do Estado, que prevê a destinação de Patrulhas Rurais, aos municípios filiados ao Consórcio Intermunicipal para Desenvolvimento Regiona (Conder), do qual todos os municípios da Amcespar participam ao lado de Ivaí e Ipiranga. “A Amcespar é o elo de ligação (sic) com o Conder. O projeto das patrulhas mecanizadas irá favorecer os municípios com a destinação de máquinas e caminhões através de um consórcio para melhoria das estradas”, comenta. Claudemir destaca que ações integradas com o governo do Estado serão necessárias durante o próximo biênio, sobretudo, para que os municípios cumpram normas e legislações específicas, como é o caso da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A lei federal obriga os gestores a fechar os lixões até 2014. “São metas que devem ser traçadas para o biênio. Precisamos desse fortalecimento, pois temos apenas dois prefeitos reeleitos, os outros são de primeiro mandato. Neste sentido, é necessário um estudo bem elaborado sem esquecer do passado para que os municípios possam cumprir as legislações em vigência”, enumera.
Gilvan:
O empresário, Gilvan Pizzano Agibert, fez história em seu município de origem. Nas eleições de 2012, concorrendo pelo Partido Popular Socialista – PPS, Gilvan venceu a disputa contra Divo Batista (PV) e Helinho do Posto (PSB), e foi eleito como primeiro prefeito reeleito da história de Prudentópolis, durante os 106 anos de emancipação política. Gilvan entende que não haverá espaço para que três candidatos possam pleitear a presidência da Amcespar. Segundo ele, deverá ocorrer um conversa momentos antes das eleições, para que um dos postulantes a vaga possa desistir de sua candidatura. “Não tem nada definido. Até o dia 21 no descer das escadas pode ter mudanças. Nos bastidores sempre acontece algum fato novo”, indica. O prudentopolitano diz que colocou seu nome a apreciação dos demais colegas da região com o objetivo de lutar pelo desenvolvimento de todos os filiados a Amcespar. Da mesma forma que Claudemir, o prefeito de Prudentópolis também afirmou durante a entrevista que possui o aval do governo do Estado. Amigo de Gilvan, o prefeito de Irati, Odilon Burgath (PT) é outro apoiador de sua campanha.
Meta: Fazer que a região seja lembrada
Segundo o prudentopolitano, a região Centro-Sul precisa ser mais valorizada. Gilvan considera que os municípios integrantes da Amcespar, são sempre colocados em segundo plano pelo governo estadual. “Estamos sempre recebendo migalhas, que são como um pirulito doce que adoça a boca de criança. As coisas não funcionam assim. Nós devemos ser valorizados. Estamos cansados de ouvir que a região é o caminho da fome e que possui o IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] mais baixo do Brasil. Precisamos trabalhar não só com pedidos, mas exigências. Nós temos direito, mas eles [governo estadual] acham que estão fazendo favor para nós”, argumenta. Gilvan voltou a citar a palavra “migalha”, para dizer que os administradores estaduais prometem e não trazem nada para a região. O prefeito ainda diz sente ciúme e inveja das regiões Sudoeste e Norte, por exemplo, que tem recebido uma grande parcela de investimento nos últimos anos. “Precisamos fortalecer a região, mostrar a cara e nosso potencial. Para que isso ocorra necessitamos de uma equipe boa e que todos os prefeitos se unam para alcançar grandes resultados. Em 2010 fui candidato e abdiquei no momento decisivo para dar uma atenção maior ao município, mas agora estou apto a trabalhar para ver a região fortalecida”, complementa. O prefeito de Prudentópolis diz que seu slogan é enfocar o respeito, trabalho e resultado. Mesmo assim, ele destaca que a experiência na vida pública, onde já atuou duas vezes como vereador e agora chega ao seu quinto ano consecutivo à frente da prefeitura de Prudentópolis, não significa uma vantagem em relação aos demais candidatos. “Precisamos respeitar a opinião do povo. O novo pode ter mais experiência. A única vantagem no nosso caso se refere à facilidade e o maior contato pessoal com o governo estadual e federal. Não vejo demérito nenhum nos iniciantes”, avalia.
Rogério:
O pré-candidato Rogério de Almeida também foi procurado pela equipe da Najuá, para gravar entrevista, mas devido a outros compromissos não pode conversar com a equipe de jornalismo da emissora. No entanto, segundo apurado por nossa equipe de reportagem, a candidatura de Rogério pode ter um empecilho. De acordo com o estatuto da Amcespar, municípios inadimplentes com o Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS/ Amcespar) não podem concorrer e não tem direito a voto na eleição para presidência da entidade. Porém, no início deste mês, em comum acordo, os prefeitos vinculados ao CIS/Amcespar decidiram mudar alguns itens do regimento interno e do estatuto da entidade, justamente para beneficiar o prefeito de Imbituva, Bertoldo Rover (PSD), que não poderia assumir o comando do Consórcio, em função de dívidas herdadas da administração anterior. Rover foi eleito presidente do CIS/Amcespar para o próximo biênio. Questionado se achava correta a atitude de mudar a legislação para atender um município inadimplente, Claudemir disse que as “mudanças aconteceram em função de necessidade e que elas não são previstas”. O prefeito de Rebouças resumiu que era necessário esse entendimento para o bem do Consórcio e a harmonia entre os municípios.
Perfil
Em reportagem publicada no fim de 2012, pelo jornalista Edilson Kernicki, no jornal Hoje Centro-Sul, Rogério relatou sua história de vida. Com 43 anos, natural de Mallet, o prefeito passou toda sua infância no município, estudando nas escolas locais. Antes de completar a maioridade, Rogério partiu em busca de formação profissional na cidade de Santa Mariana, no norte do Paraná. Depois de se formar como técnico agropecuário no Colégio Agrícola do Município, o prefeito retornou três anos depois. Em 1987, Rogério foi aprovado num concurso público para atuar na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Governo (Emater). O ingresso na carreira política aconteceu há dez anos. Filiado no Partido dos Trabalhadores (PT), Rogério foi eleito pela primeira vez para comandar o executivo de Mallet em 2004, numa disputa acirrada contra César Flenik, que teve uma diferença de apenas 26 votos. Um fato curioso durante a primeira passagem de Rogério a frente da prefeitura de Mallet, foi sua expulsão do PT. Na disputa pelo governo do Estado, ele preferiu apoiar o atual senador Roberto Requião e não seu colega de partido de partido Flávio Arns. “Houve a denúncia de uma vereadora ao diretório estadual e, por isso, acharam melhor que eu saísse do partido”, comenta. Depois disso, Rogério migrou para o Partido Verde (PV), onde permanece até hoje. Depois de terminar apenas na terceira posição nas eleições de 2008, o novo prefeito de Mallet deu a volta por cima e foi eleito com mais de 65% dos votos no pleito de 2012.
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