By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: AGENCIA BRASIL – Imagem: Marcelo Camargo (Agência Brasil)
A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou autorização
emergencial em caráter experimental de um medicamento para tratamento de
pacientes com covid-19, o Sotrovimabe.O remédio foi autorizado para uso em pacientes com quadros leve e
moderado e com risco de evolução para uma situação grave. Ele é
contraindicado para pacientes hospitalizados, que precisem de suporte
ventilatório.
O medicamento não será disponibilizado para comercialização direta ao
público, mas terá uso ambulatorial, devendo ser prescrito por um médico
para que seja ministrado.
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O prazo de validade do produto é de 12 meses,
armazenado em temperaturas de 2º a 8º.
A autorização foi definida por unanimidade pelo colegiado. A diretora
relatora do caso, Meiruze Freitas, destacou que as áreas técnicas
avaliaram os dados enviados pela empresa responsável e consideraram eles
satisfatórios.
“Com relação aos aspectos clínicos, os resultados de eficácia
demonstraram que o tratamento com uma dose de 500g resultou em uma
redução clínica com significância estatística na proporção dos
voluntários com covid-19 leve e moderada que participaram do estudo”,
concluiu Freitas.
Mas ela ressaltou que é importante realizar o monitoramento da
aplicação do remédio para mapear casos adversos. Atenção especial foi
destacada pela área técnica para o uso em gestantes, para as quais deve
ser avaliada com cuidado a relação custo-benefício.
A diretora também lembrou que a agência reguladora europeia para
medicamentos já emitiu parecer apoiando uso do Sotrovimabe como opção de
tratamento para pacientes adultos e adolescentes acometidos com
covid-19.
Segundo o gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos,
Gustavo Mendes, o tratamento tem que ser iniciado logo após o teste
positivo e, preferencialmente, até cinco dias do início dos sintomas. A
aplicação é de dose única, de 500 mg.
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Os estudos clínicos realizados, seguiu Mendes, com voluntários nos
Estados Unidos, Canadá e em outros países, inclusive Brasil, tiveram
resultados com “relevância importante” da redução da carga viral.
A gerente-geral de fiscalização e inspeção sanitária, Ana Carolina
Marinho, relatou que foi avaliado o processo de produção, realizado em
duas fábricas, uma na China e outra na Itália. “Informações sugerem
cumprimento aceitável para justificar a autorização em uso emergencial
no cenário pandêmico em que nos encontramos”, avaliou a gerente-geral.
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