By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
O pequeno Bernardo José Rivera, de 3 anos, que morreu na madrugada de quarta-feira (10) com Covid-19, em Alumínio (SP),
se recuperava das sequelas de um acidente sofrido em setembro do ano
passado. Na ocasião ele se afogou após cair em uma piscina e, desde
então, tinha uma saúde que inspirava cuidados, segundo a família. Ao G1,
a irmã Daiane Rivera contou que Bernardo deu entrada na manhã de
terça-feira (9), no pronto atendimento da cidade e estava na fila de
espera para ser transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI),
pois na cidade não há leitos especializados, tem apenas unidade de
pronto atendimento. Ele havia passado por uma traqueostomia.
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Ainda conforme a família, os médicos tentaram contatos para conseguir um leito de UTI e transferir o garoto.
A prefeitura de Alumínio informou que criança aguardava vaga de leito
de terapia intensiva via Central de Regulação de Ofertas de Serviços de
Saúde (Cross) para alguma cidade da região. O garoto tinha o quadro
estável, estando apto para fazer a transferência, informou a prefeitura.
A Secretaria de Saúde, responsável pelo Cross, foi procurada e informou que estava apurando sobre o caso do menino Bernardo.
"Foi uma criança iluminada. Nos ensinou muito sobre força, sobre ser
guerreiro, mas sua missão nos ensinou sobre o amor e sobre a fé, uniu
pessoas, desfez atritos, desde seu acidente. Reuniu muitos amigos em
correntes de orações por sua recuperação", diz.
"Nosso 'milagre', como o chamávamos, lutou bravamente nos últimos meses.
Infelizmente, agora essa doença nos tirou nosso milagre, nosso urso
descansou. Foi correr no céu, como ele amava fazer", lamentou.
A prefeitura de Alumínio decretou luto oficial de três dias pela morte
de Bernardo, que era filho do vereador José Rivera. O enterro foi
realizado na manhã de quarta-feira.
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"Uma criança que vinha lutando pela vida, mas por complicações do Covid-19 hoje é mais um anjinho", diz o decreto.
A família também afirmou que adotou todos os cuidados para evitar que o
menino fosse contaminado. Ninguém usava calçados dentro de casa, o
menino não recebia visitas e a família usava álcool para a higienização.
Segundo Daiane, em fevereiro deste ano um tio também não resistiu e morreu com a doença.
"Ela [doença] entra silenciosamente e arranca pessoas amadas de nossa
vida, a todos vocês peço que se atentem, não sejam negacionistas,
estamos lutando contra um inimigo invisível."
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