By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
A Igreja Mundial do Poder de Deus depositou mais de R$ 55 mil
referentes a aluguéis atrasados de um processo que corria na Justiça de
São Paulo e evitou a quebra do sigilo bancário do pastor Valdemiro Santiago e do presidente da entidade, Mateus Machado de Oliveira, determinada pela Justiça.
Os dois são réus em um processo onde o proprietário de um imóvel em
Guararema, no interior de São Paulo, cobrava aluguéis não pagos pela
Igreja Mundial.
No fim de fevereiro a juíza Monica Di Stasi, da 3ª Vara Cível de São Paulo, havia autorizado a quebra de sigilo dos fundadores da igreja, a
fim de determinar a responsabilização e ligação dos dois com a Igreja
Mundial e verificar a procedência dos recursos financeiros da igreja.
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Após o pagamento dos aluguéis atrasados, a Igreja pediu à juíza nesta
quarta-feira (3) que o autor possa sacar o dinheiro e que o processo
seja extinto, já que perdeu a causa de existir, que era a cobrança do
débito. Até a última atualização desta reportagem, a magistrada
responsável pelo caso não havia se manifestado sobre o pedido.
'Vida nababesca'
No pedido de quebra de sigilo, o advogado do proprietário do imóvel, Douglas Dias Marcos, alegava, que há "clara conexão e responsabilidade direta"
ou "evidente tentativa de fraude e blindagem de patrimônio" de
Valdemiro ao tentar se isentar das responsabilidades jurídicas da
organização fundada por ele.
“Questiona-se como pode o 'representante mor' da organização viver de
forma nababesca, acumulando patrimônios, ao mesmo tempo em que 'sua
organização' apresenta exponencial crescimento em número de igreja
simultâneo a um 'score' de baixíssima credibilidade (98% de
possibilidade de inadimplência)", afirmou o advogado.
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No processo, Mateus Machado e Valdemiro Santiago alegavam, porém, que a
dívida era da igreja, e que eles não poderiam ser atingidos pela
cobrança: "Valdemiro Santiago não faz parte do contrato social da igreja
e nem assinou o contrato de locação como fiador", afirmam os advogados
do apóstolo, Felipe Palhares e Flávio Nery.
O G1
procurou os advogados da Igreja Mundial para falar sobre a quebra dos
sigilos, mas não recebeu retorno até a última atualização dessa
reportagem.
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