By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
Ele apresentou problemas respiratórios duas horas após o nascimento. Os médicos suspeitam que o bebê tenha sido contaminado ainda na barriga da mãe, que também testou positivo. O caso é extremamente raro, segundo o hospital.
O óbito e foi registrado no boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura na noite de segunda-feira (15). A cidade tem 9.694 casos confirmados da doença, com 241 mortes.
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O pai de Matheus, Isaac Marangoni dos Santos, de 44 anos, disse ao G1
que o exame que atestou Covid foi feito dois dias após o nascimento do
filho, somente depois que ele levantou a hipótese da doença. Antes, os
médicos estavam tratando como infecção bacteriana.
“Incompreensível, inaceitável e revoltante. O bebê nasceu com saúde,
ficou nos meus braços e de repente tudo aconteceu. Matheus foi enterrado
sem respostas. De repente, uma criança que nasce normal e acontece tudo
isso", disse.
Problemas respiratórios
A mãe da criança deu entrada no hospital da Unimed para fazer uma
cesárea agendada, na quarta-feira (10). De acordo com o relato da
diretoria técnica do hospital, a cirurgia correu normalmente e a criança
nasceu bem.
O bebê foi levado ao quarto da mãe para ser amamentado, mas cerca de duas horas após seu nascimento começou a apresentar problemas respiratórios.
Ele foi internado na UTI, seu quadro de saúde piorou e na quinta-feira
(11) precisou ser intubado, permanecendo assim até sua morte no domingo.
O teste RT-PCR foi feito após uma tomografia apontar o padrão específico de Covid. A mãe também foi testada e teve o mesmo resultado positivo.
Com base na rapidez da evolução dos sintomas, os médicos do hospital
acreditam que o bebê tenha sido contaminado ainda na barriga da mãe, um
caso extremamente raro.
Segundo a diretoria técnica da Unimed, existem relatos na literatura
sobre este tipo de transmissão da doença, mas, nos casos relatados, a
mãe desenvolveu a doença, o que não se aplica ao caso de Rio Claro em
que a mãe está assintomática.
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A mãe, Adriana Raquel de Godoy Zaniolo, de 40 anos,
já havia contraído Covid-19 em julho de 2020 e também foi
assintomática, segundo ela, antes de ficar grávida de Matheus, sua
terceira gestação que evoluiu normalmente.
Os médicos da Unimed acreditam que ela teve uma reinfecção e enviaram
amostras para análise para identificarem se ela foi contaminada por
alguma variante do novo coronavírus.
De acordo com o hospital, antes da cesárea, Adriana passou por uma
triagem e não apresentou sintomas de Covid. O teste foi solicitado
apenas diante da evolução rápida do agravamento do quadro do bebê. O pai
não foi testado.
A mãe teve alta do hospital a tempo de participar do enterro do filho,
na manhã de segunda-feira, no Cemitério Municipal de Rio Claro.
Investigação
A família irá pedir investigação sobre o caso de Matheus. “A gente quer
respostas”, disse Adriana. Ela contou que o bebê começou a passar mal
em seus braços.
Adriana contou que levaram seu filho com a previsão de logo voltar, mas
não foi isso o que aconteceu. Após ser internado na UTI, ele não
retornou.
Ela conta que o quadro clínico da criança piorava e a preocupação
aumentava, pois os médicos continuavam a fazer exames. “Se somar o tempo
que eu fiquei com meu filho no colo não deu meia hora”, disse.
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