By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Divulgação
A bebê veio ao mundo prematura, com apenas seis meses de gestação, e, por isso, uma necrose acabou atacando o intestino dela. O único modo de sobreviver seria retirar o tecido morto, o que, no caso de Júlia, significava praticamente todo o órgão.
Com a cirurgia, ela perdeu o intestino delgado e metade do intestino grosso. O único modo de melhorar a qualidade de vida e a saúde de Julinha, que se alimenta por sonda, é realizar o transplante. “Mais do que nunca a gente precisa da ajuda de todos vocês. A liminar foi negada porque a minha filha está estável. Eu fiquei chocada com isso, porque nós cuidamos dela justamente para ela ficar bem e poder fazer a cirurgia. Isso é um absurdo”, desabafou Ângela Dal Santos, mãe da Júlia, em um vídeo publicado no Facebook.
Na decisão, com base nos argumentos da União, a juíza responsável alegou que o tratamento indicado não é o transplante, “seja pela diminuição da expectativa de vida e pela ausência dos requisitos necessários para a realização da cirurgia”.
O documento ainda afirma que o Brasil tem um médico capacitado para fazer o transplante e que a fila para uma eventual espera é curta, já que só há apenas uma pessoa na frente. Ângela, no entanto, não concorda com o argumento. “O primeiro paciente listado para esse ano morreu aguardando o procedimento e isso doeu demais em todas as mães que passam pelo o que eu estou passando. Além disso, sabemos que o nosso país não tem toda a estrutura necessária, principalmente no pós-cirúrgico. A minha filha, assim como nenhum outro ser humano, deve ser teste para isso”, completou a mãe.
Enquanto recorre da decisão da justiça, a família mantém a página no Facebook “Junto com Julinha” para contar a rotina da criança e pedir ajuda. Para realizar doações para os custos dos tratamentos da pequena, basta clicar aqui.
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