By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Portal Terra – Imagem: Divulgação
A explicação para o símbolo do Plano Real ainda estar em
circulação é que muita gente guarda as cédulas por acreditar que dá
sorte ou simplesmente esquecem as notas. E há ainda aqueles que
colecionam cédulas de R$ 1 consideradas raras, que podem valer mais que
seu valor de face.
As cédulas de R$ 1 deixaram ser produzidas devido ao
custo elevado e ao rápido desgaste. Por isso, o BC optou por lançar
moedas em substituição às notas. Mas as cédulas ainda podem ser usadas
no comércio e são substituídas progressivamente por moedas pelo BC.
O diretor de Divulgação da Sociedade Numismática
Brasileira, Bernardo Marin Neto, diz que as notas que não circularam
pelo País e tem menor tiragem podem custar bem mais do que o valor de
face. No catálogo de colecionadores, uma nota de R$ 1, de 1996, assinada
pelos então ministro da Fazenda, Pedro Malan, e pelo presidente do
Banco Central (BC), Gustavo Loyola, custa R$ 195.
“O critério para definir esse valor é a raridade da
nota. Esses valores são do catálogo, mas elas podem ser vendidas por
mais”, disse Marin Neto. Outras cédulas de R$ 1 consideradas menos raras
podem valer R$ 6, desde que estejam em perfeito estado de conservação.
Marin Neto explica que, quanto menor a quantidade de
cédulas emitidas com nomes de ministros, mais as notas podem valer.
Acrescentou que as últimas notas de real emitidas com os nomes do
ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do presidente do BC, Alexandre
Tombini, poderão ter um valor a mais para os colecionadores, quando eles
deixarem o governo. “Se [a presidenta] Dilma [Rousseff] não se
reeleger, as últimas notas do Mantega e Tombini serão valiosas. Se Dilma
permanecer, mas trocar os ministros, também vão valer mais”, disse.
O tesoureiro da Associação Filatélica e Numismática de
Brasília, Cleber Coimbra, conta que tem interesse pelas notas de R$ 1
desde o lançamento, em 1994. Coimbra disse que já teve centenas de notas
de R$ 1 em casa, mas foi roubado. Atualmente, ele ainda tem algumas
guardadas, além de cédulas de outros valores. “Coleciono notas há 60
anos. E já fui o maior exportador de dinheiro brasileiro fora de
circulação”, disse.
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