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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: UOL – Imagem: Alan SantosO presidente Jair Bolsonaro
(PL) respondeu hoje um internauta no Twitter após ser questionado sobre
as ações do governo federal que impõem sigilos de 100 anos para o
acesso às informações relacionadas ao atual mandatário e possível
candidato à reeleição no pleito deste ano. "Em 100 anos saberá",
disparou o presidente na resposta, junto com um emoji de "joinha".
Inicialmente,
o internauta questionou o presidente sobre os sigilos após o mandatário
postar a resposta de "Graças a Deus" a uma thread no Twitter sobre a
falta de avanço no tema de aborto no Brasil.
"Presidente, o senhor pode me responder porque todos os assuntos
espinhosos/polêmicos do seu mandato, você põe sigilo de 100 anos? Existe
algo para esconder?", questionou.
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Após a resposta de Bolsonaro, o internauta rebateu. "Presidente, me
parece um tanto quanto comodo para o senhor e péssimo para toda a
população, porque se a 'verdade é o que nos libertará' 100 anos não é
muito tempo não?"
Apesar do novo questionamento, Bolsonaro não respondeu a nova pergunta do internauta no Twitter.
Governo negou acesso de informações a jornal
A resposta de Bolsonaro ao internauta ocorre no mesmo dia em que o Jornal O Globo informou que o governo federal negou acesso a dados sobre entradas e saídas dos pastores Gilmar dos Santos e Arilton Moura ao Palácio do Planalto, em Brasília, sede do Executivo federal.
Em
resposta a pedido de LAI (Lei de Acesso à Informação) feito pelo
veículo de imprensa, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) disse
que as informações têm caráter sigiloso e, se divulgadas, poderiam
comprometer a segurança do presidente Jair Bolsonaro.
Na
solicitação enviada ao governo, a reportagem de O Globo requeria
registros sobre eventuais encontros entre Bolsonaro e os dois religiosos
no Planalto.
Segundo consta na agenda pública do governante, ele
esteve ao menos três vezes com os dois pastores —ambos são investigados
pela Polícia Federal por suspeita de cobrança de propina em troca de
favores no Ministério da Educação destinados a prefeituras. A dupla
atuaria para liberar recursos da pasta chefiada pelo então ministro Milton Ribeiro, exonerado do cargo em 28 de março.
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O
governo do presidente Jair Bolsonaro determinou o sigilo de 100 anos
sobre informações dos crachás de acesso ao Palácio do Planalto emitidos
em nome dos filhos Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em julho de 2021.
Na
ocasião, a existência dos cartões utilizados pelos filhos do presidente
para ingressar na sede do governo foi informada pela própria
Presidência da República, em documentos públicos enviados à CPI da Covid
em julho do mesmo ano. As informações foram reveladas pela revista
Crusoé, que teve acesso aos documentos emitidos pela Secretaria-Geral da
Presidência encaminhados por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação).
As informações solicitadas dizem respeito à intimidade, à vida
privada, à honra e à imagem dos familiares do senhor Presidente da
República, que são protegidas com restrição de acesso, nos termos do
artigo 31 da Lei nº 12.527, de 2011.
Já em outubro de 2021,
o Exército Brasileiro também alegou risco ao mandatário e também impôs
sigilo aos documentos que basearam a permissão para a caçula do
presidente, Laura, de 11 anos, ser matriculada excepcionalmente sem
passar pelo processo seletivo do Colégio Militar de Brasília.
À época,
a informação da admissão da caçula de Bolsonaro sem fazer o processo de
admissão foi divulgada pela Folha de S.Paulo e confirmada pelo Exército
ao UOL.
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